Notícias

Ararinha-azul pode retornar à natureza em 2019

Ararinha-azul pode retornar à natureza em 2019
Ararinhas-azuis no criadouro Al Wabra

Um projeto de conservação dá um sopro de esperança para a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), que pode voltar a habitar a natureza em 2019. A espécie é considerada extinta na natureza há mais de 15 anos e, atualmente, existem apenas 120 animais distribuídos em instituições particulares do Catar, Alemanha e Brasil.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) anunciou um plano de cinco anos para reintroduzir a ararinha-azul no seu habitat original: a Caatinga do norte da Bahia. O plano prevê a criação de uma área protegida e a construção de um Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul em Curaçá, município baiano, na divisa com Pernambuco, onde a espécie costumava ocorrer. Segundo o MMA, os esforços para criação de uma unidade de conservação federal de 40 mil hectares na região “já estão em fase avançada” e deverão ser levados a consulta pública em breve.

A construção do centro de reintrodução deverá custar US$ 1,5 milhão. O projeto será bancado com apoio das instituições parceiras do plano: a Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), do Catar; a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), da Alemanha; a Parrots International, dos EUA; o Jurong Bird Park, de Singapura; a Fazenda Cachoeira e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Brasil. No acordo, os parceiros internacionais se comprometeram a enviar 70% do filhotes nascidos sob sua guarda nos próximos anos para o projeto de reintrodução.

Segundo o cronograma, o centro deverá ficar pronto em 2018, para dar suporte à primeira soltura de ararinhas-azuis na natureza em 2019. Os animais serão monitorados por dois anos e a experiência adquirida nesse período será usada para uma segunda soltura, programada para 2021. Antes disso, será realizada uma soltura de teste com maracanãs, uma espécie de arara que não está ameaçada e pode conviver com as ararinhas-azuis na natureza.

Com informações do jornal O Estado de São Paulo