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Bancos públicos estudam financiamento de energia solar

Bancos públicos estudam financiamento de energia solar
Crédito: revistaacaosustentavel

A energia limpa é um mercado cada vez mais em expansão, principalmente com a crise hídrica que o país ainda vivencia. Pensando nisso, bancos públicos estão estudando linhas de crédito para financiar a instalação de sistemas fotovoltaicos.

No primeiro momento, o foco será o setor produtivo, com linhas criadas para agropecuária, comércio e indústria. “Mas há sinalizações para lançarmos linhas para pessoas físicas, não descartamos as possibilidades de atender todos os casos, inclusive os de financiar aquecedores solares”, ressalta gerente-executivo do Banco do Nordeste (BNB), Ananias Pereira Souza. Os recursos viriam no orçamento já aprovado para empréstimos em 2016, que é de R$ 1 bilhão. “Pode crescer, dependendo da demanda”, pontua.

De acordo com Souza, será lançada uma cartilha com orientações para atender micro e pequenas empresas da área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), interessadas em instalar sistemas de energia solar. “Já temos um antigo programa de energia renovável, mas vamos reformular para adequá-lo para atender melhor a demanda, que está aquecida neste momento. Vamos colocar prazos compatíveis e orientar sobre garantias”, destaca Souza.

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) também está estudando a criação de linhas para financiar energia solar. O gerente do BDMG, Rubens Brito, explica que o Estado já tem vários projetos de grande porte aprovados, na área de geração centralizada, quando uma grande usina produz e distribui energia solar. Agora, ele destaca que o grande desafio é atender a geração distribuída, que são as microusinas, tanto de pequenas indústrias e comércios como residenciais. “Ao BDMG é vedado o financiamento a pessoas físicas, mas para os projetos do setor produtivo, já estamos desenvolvendo produtos adequados. São projetos que exigem longos prazos e baixas taxas de juros”, ressalta.

Uma alternativa para financiar pessoas físicas interessadas em instalar sistemas de energia solar, que custam em média entre R$ 15 mil e R$ 25 mil (considerando uma família de quatro pessoas), seria a criação de um credor intermediário.

“Nós poderíamos financiar uma empresa com menos risco e ela repassaria o serviço de instalação para terceiros, em regime de aluguel ou leasing”, diz. Na prática, as pessoas físicas poderiam, por exemplo, pagar mensalmente, à figura do intermediário, da mesma forma que acontece em um contrato de TV a cabo. Assim, qualquer pessoa poderia contratar o serviço, receberia o sistema instalado e pagaria pelo uso.

Com informações do jornal O Tempo