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Cadela é brutalmente assassinada no Sudoeste mineiro

Cadela é brutalmente assassinada no Sudoeste mineiro
Crédito: Divulgação

No último dia 5 abril uma cadela foi brutalmente torturada até a morte na cidade de Oliveira, situada na região Sudoeste do estado. Um vídeo que registrou o ocorrido circulou nas redes sociais e chocou aquelas que conseguiram assisti-lo até o final. O criminoso foi preso em flagrante e está respondendo ao crime em liberdade.

O agressor, de 20 anos, é casado, tem uma filha recém-nascida e trabalha como caseiro na Fazenda Valinhos, localizada em Monte Ferro, distrito de Oliveira. As imagens mostram claramente a cadela recebendo pauladas e sendo enforcada até a morte. No momento da prisão, ele justiçou o crime dizendo que o animal chorou e latiu a noite toda, não permitindo que ele e a família conseguissem dormir.

Mônica Helena Barbosa, conhecida na região por ser ambientalista e defensora dos animais, foi quem levou a denúncia até a delegacia da Polícia Militar de Meio Ambiente. Ela conta em um vídeo que também foi divulgado nas redes sociais que, logo pela manhã do dia 6, foi até a delegacia e relatou o acontecido. Ainda segundo a ambientalista, em questão de horas os policiais tomaram as devidas providências, autuando o criminoso, que foi encaminhado para a Delegacia Civil, onde um inquérito para apurar o crime foi instaurado.

Cabo Cleber, que participou da ocorrência, conta que o criminoso confessou o delito e não apresentou resistência à prisão. Ele explica que o crime está tipificado na lei 9.605, artigo 32, e que a pena é de 3 meses 1 ano. Porém, com a morte do animal, a pena pode aumentar de 1/6 a 1/3.

De acordo com informações recebidas pela Amda, após do ocorrido, o agressor foi demitido da fazenda aonde trabalhava como caseiro.

Denúncia

Ildeano Silva, ambientalista e morador do distrito de Morro do Ferro, denuncia que episódios como este não são fatos isolados e acusa a paróquia católica local de maus tratos por dor, fome, sede e cansaço em eventos promovidos na cidade.

O ambientalista explica que durante as festividades é possível observar bois e cavalos sendo ferroados com vara de ferrão. “Imagina o que não acontece com estes animais fora da área urbana, longe dos olhos da sociedade?”, questiona.

Para Ildeano, durante as festividades, poderiam acontecer campanhas para incentivar os proprietários a terem carinho e respeito com seus animais, e que a paróquia deveria dar exemplo para a comunidade.

“Essas ações da igreja estão na contra mão da própria Campanha da Fraternidade, que pede atenção e cuidado com a natureza. Não acho que seja o caso de acabar com a tradição e com o festejo, mas sim ficar mais atento a essas questões”, afirma.

A Amda entrou em contato com o Padre Jailson, responsável pela Paróquia de São Sebastião, que organiza os eventos, e ele afirmou que, em seu entendimento, nos dois eventos, não existem maus tratos aos animais.

“Depende do que a sociedade de defesa dos animais vai entender como mau trato. Aí eu precisaria que alguém fosse até lá para avaliar, mas eu penso que não seja.”