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Zoológico de Belo Horizonte recebe novos moradores

Zoológico de Belo Horizonte recebe novos moradores
Crédito: Google imagens

O zoológico de Belo Horizonte tem dois novos moradores: um casal de preguiças-reais (Choloepus didactylus). Os animais ficarão isolados por dois meses no Hospital Veterinário da Fundação Zoo-Botânica, onde farão exames específicos e passarão por processo de adaptação à nova dieta, ao clima e às pessoas que cuidarão deles. Esta é a primeira vez que o zoo de BH recebe a espécie.

As preguiças vieram de Rondônia e ambas tiveram as patas esquerdas amputadas devido a graves lesões. A suspeita, de acordo com o veterinário Herlandes Tinoco, é que elas tenham tido contato com fiação elétrica de alta tensão e o choque causou necrose nas patas.

Solitário e de hábitos noturnos, a preguiça-real passa quase toda a vida em copas de árvores e é ótima nadadora. Os indivíduos têm o costume de se coçar também para produzir calor. “Assim como nós esfregamos as mãos para nos aquecermos quando estamos com frio, da mesma forma elas passam as unhas nos pelos”, disse Herlandes.

A espécie atinge a maturidade sexual com aproximadamente três anos (fêmeas) e 4,5 anos (machos), ocorrendo acasalamento durante todo o ano. Após um período de gestação de nove meses, a fêmea dá a luz um filhote com cerca de 400 gramas.

Macacos-barrigudos

Desde o final de janeiro, o zoo de BH passou a abrigar mais uma espécie de primata brasileiro da região Amazônica em seu acervo. Agora, além de parauacu, cuxiú, macaco-da-noite e sagui imperador, o zoo recebeu um grupo composto por oito macacos-barrigudos (Lagothrix cana), um dos maiores primatas da Amazônia que vive preferencialmente em florestas de terra firme em grupos compostos, em média, por 19 indivíduos. A espécie é considerada ameaçada de extinção segundo a International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Os animais (três machos e cinco fêmeas) vieram do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Porto Velho, em Rondônia. Assim como as preguiças-reais, eles estão na área de quarentena do Hospital Veterinário e já passaram por exames como coleta de sangue, raio x, pesagem, biometria e exames físicos.

Ainda no período de quarentena, será realizado um monitoramento dos comportamentos destes indivíduos e a formação de um único grupo social, já que atualmente eles estão separados em três subgrupos. Quando este processo for concluído, todos serão transferidos para um recinto de exposição.