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BNDES quer criar fundo para combate às mudanças climáticas

BNDES quer criar fundo para combate às mudanças climáticas

O BNDES pretende criar um fundo para ações de combate às mudanças climáticas com pelo menos R$ 1 bilhão para novas iniciativas. Este seria apenas o ponto de partida, de acordo com o presidente da entidade, Luciano Coutinho, que participa de eventos paralelos da Conferência do Clima (COP 21), em Paris. A ideia é que os recursos sejam majoritariamente aportados pela iniciativa privada.

O objetivo é mobilizar a sociedade e empresas brasileiras para que sejam doadoras e ajudem nesse esforço de preservação do meio ambiente, redução de emissões em todos os níveis, melhoria na eficiência de energia e introdução de sistemas inteligentes nas cidades, em áreas que vão da iluminação pública à redução de carros circulando nas ruas.

“Gostaria de ver o meio ambiente ganhar uma expressão de prioridade muito mais abrangente e mobilizadora no setor privado. Temos um mundo à nossa frente para tornar nossas cidades mais inteligentes e mais eficientes do ponto de vista da energia. Queremos que lideranças do setor privado tomem a frente desse processo”, disse Coutinho.

Em 2014, o BNDES destinou R$ 23 bilhões a políticas verdes. Segundo Coutinho, o banco dispõe de diversas linhas para financiar desde pesquisas de centros tecnológicos até aplicação comercial de produtos como a cana-de-açúcar e o etanol, por exemplo.

“Convidamos empresas que queiram ampliar tecnologias, não apenas para o etanol de segunda geração, mas também o de primeira geração, para melhorar a eficiência. Vamos desembolsar R$ 5 bilhões este ano, apesar de todas as dificuldades (do país), e queremos ampliar”, afirmou Coutinho.

Ele ainda mencionou a reabilitação do Fundo da Amazônia, que tem apoio à supervisão via satélite do desmatamento ilegal, repressão a queimadas e outras agressões, e o Fundo do Clima já existente, que deve financiar projetos a partir de 2016. Na conferência, recebeu US$ 650 mil dos noruegueses e US$ 100 mil dos alemães para as florestas brasileiras.

Com informações do O Globo