Pearl Jam vai financiar conservação de florestas para compensar CO2 de turnê
Para compensar as emissões de dióxido de carbono (CO2) produzidas durante sua turnê pela América Latina, a banda norte-americana Pearl Jam vai financiar a preservação de duas áreas protegidas: uma brasileira e outra peruana.
A ONG norte-americana Carbon Found, que atua no Brasil, foi a escolhida para receber os US$ 54 mil (aproximadamente R$ 202 mil) que serão aplicados no projeto Valparaíso, para conservar 64.750 hectares de floresta amazônica perto da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre. A comunidade local também se beneficiará com a doação. A floresta peruana Alto Mayo, com área natural preservada na região amazônica de San Martín, monitorada pela Conservation International, também será beneficiada.
Ambas as instituições são ligadas à iniciativa REDD+ (Reducing Emissions from Deforestation and Degradation ‘plus’; em português, “reduzindo emissões do desmatamento e da degradação ‘mais'”), uma ação de compensação ambiental pelo CO2 emitido pela turnê. O cálculo inclui viagens aéreas da banda e equipe, estadia em hotéis, os caminhões e viagens de carga, a energia consumida em cada local e o transporte de ida e volta de cada show, por exemplo.
Há mais de dez anos o Pearl Jam investe em projetos que conservam o meio ambiente. Desde 2003, a banda calcula o impacto ambiental causado por suas turnês e até agora financiou mais de US$ 500 mil em projetos de mitigação da mudança climática.
Recentemente, o Pearl Jam se apresentou em Belo Horizonte e anunciou, durante o show, que o cachê seria doado para as vítimas do maior desastre ambiental da história, o rompimento de barragem da mineradora Samarco, em Mariana, no início de novembro.