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Parque SeaWorld é proibido de criar novas orcas em cativeiro

Parque SeaWorld é proibido de criar novas orcas em cativeiro
Ilustração mostra como serão novas instalações do parque SeaWorld em San Diego / Crédito: SeaWorld/Divulgação

O parque oceânico SeaWorld está proibido de criar novas orcas em cativeiro. A decisão do governo da Califórnia foi condicionada à aprovação de licença para obra de US$ 100 milhões para expandir os tanques que abrigam os animais. As obras vão triplicar o tamanho dos cercados.

A decisão foi comemorada por ativistas de direitos dos animais, já que na prática os animais hoje confinados no parque não poderão ser substituídos por outros à medida que forem morrendo. A franquia do parque temático, que possui unidades em outros estados americanos, porém, continua podendo procriar esses cetáceos no resto dos EUA. A Comissão Costeira da Califórnia, autoridade de governo que baniu a reprodução das orcas em cativeiro, também vetou a comercialização e transferência de animais em cativeiro.

Em comunicado público, o SeaWorld, que tem sua matriz na Flórida, se disse decepcionado com as condições impostas ao projeto de expansão de suas instalações, com abertura programada para 2018. A decisão do governo californiano também proíbe a manutenção de orcas capturadas no local, ponto que o parque não contestou. A empresa afirma que deixou de abrigar cetáceos selvagens capturados há mais de 30 anos.

A receita do SeaWorld na Califórnia sofreu queda após 2013, quando foi lançado o documentário “Blackfish”, que sugere que as orcas são maltratadas e exibem comportamento de estresse, incluindo atitudes que causam ferimentos. John Hargrove, ex-treinador de orcas do parque, afirmou em livro que os animais são altamente medicados e que as estruturas familiares são rompidas no parque. A reprodução em cativeiro, além disso, levou à criação de indivíduos híbridos “sem identidade social”, de acordo com o biólogo.

Com informações do G1