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Drones contribuem para preservação de animais marinhos

Drones contribuem para preservação de animais marinhos
Crédito: divulgação/ Internet

Tecnologias utilizadas em guerra são a nova arma para proteger o meio ambiente. Este é o mote do Programa de Restauração da Tartaruga Marinha (Pretoma), que reúne um drone, um submarino, barcos, sonares e outros equipamentos avançados para auxiliar na conservação de tubarões-martelo e tartarugas, animais ameaçados de extinção no oceano Pacífico. Estes aparatos vão acompanhar as rotas das espécies que transitam pela Ilha do Coco, na Costa Rica.

A iniciativa partiu de organizações não governamentais e empresas privadas, preocupadas com a redução drástica da fauna marinha nos últimos anos. Segundo levantamento realizado pela ONG ambiental World Wide Fund for Nature (WWF), a população destes animais diminuiu pela metade desde 1970. Pesca predatória, poluição e aquecimento global são alguns dos fatores que contribuíram para este cenário.

A prestadora de serviços Precision, organização que trabalha com o exército dos Estados Unidos (EUA) em zonas de guerra, abraçou o projeto e forneceu o drone batizado de Unmanned Aerial Vehicle (UAV), capaz de fiscalizar atividades de barcos pesqueiros ilegais próximas à ilha. “O trabalho que a Pretoma faz é de grande importância. A Precision tem muita experiência em encontrar ‘bandidos’ e queremos ajudar com as nossas habilidades e recursos a melhorar o mundo de uma maneira diferente”, disse Charissa Moen, líder do UAV. O equipamento pode voar sem ser visto e, assim, coletar provas suficientes para punir quem pratica a pesca ilegal. O drone também possui câmeras de infravermelho que conseguem captar movimentos de baleias e tubarões-martelos em águas mais rasas.

O submarino e os barcos, fornecidos pela ONG Quanto à Dalio Ocean Initiative, acompanharão as rotas dos animais. O ambientalista e diretor do projeto Randall Arauz explica que este é um processo fundamental para traçar métodos de proteção. “Verificamos que os tubarões se movem entre a Ilha do Coco (a cerca de 500 km a Sudoeste da Costa Rica) e as Ilhas Galápagos (no Equador), ao longo de uma cordilheira vulcânica submarina chamada Las Gemelas, com cerca de 600 km de comprimento”, disse. Arauz completa que caso os estudos se confirmem, conhecer este corredor biológico “terá grande importância para a sua conservação”.

Drones a favor da preservação

A WWF Brasil, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outras instituições locais da Amazônia, lançou recentemente o projeto Ecodrones Brasil. Trata-se de uma iniciativa tecnológica para ampliar o monitoramento de áreas de preservação das florestas do país. Com estes equipamentos, a WWF conseguirá aumentar a cobertura de vigilância e monitoramento, pois as aeronaves alcançam um espaço muito maior e em menos tempo do que os seres humanos. A rapidez dos drones pode contribuir para o combate a incêndios florestais, caça e exploração de recursos naturais.

Em 2012, a ONG ganhou prêmios por utilizar esta tecnologia e ajudar na redução da mortalidade de elefantes e rinocerontes na África.