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Fotógrafo registra ursa polar raquítica vítima das mudanças climáticas

Fotógrafo registra ursa polar raquítica vítima das mudanças climáticas
Ursa polar foi flagrada muito magra e com uma pata ferida / Crédito: Kerstin Langenberger / Facebook

O registro de um fotógrafo alemão está chocando internautas de todo o mundo. No dia 20 de agosto, Kerstin Langenberger publicou na rede social Facebook a imagem de uma ursa polar raquítica vagando sobre uma pequena calota de gelo, visivelmente abatida, nas Ilhas Svalbard, localizadas entre a Noruega e o Pólo Norte. Desde que foi divulgada, a imagem já foi compartilhada mais de 29 mil vezes e tem mais de 3 mil comentários.

De acordo com o fotógrafo, o aspecto físico do urso polar – animais conhecidos por serem grandes e parrudos – se deve às mudanças climáticas, que têm trazido dificuldades para a sobrevivência da espécie pela escassez de comida. “Sim, eu vi ursos em boa forma, mas eu também vi outros mortos ou passando fome. Ursos andando na costa à procura de comida, tentando caçar alces, comer ovos de aves, musgos e algas”, relatou o alemão. “Muitas vezes, eu vi ursas muito magras e essas são exclusivamente fêmeas, como essa (da foto). Um mero esqueleto, ferida numa pata dianteira, possivelmente por uma tentativa desesperada de caçar uma morsa”, contou.

Na postagem na rede social, Langenberger faz um apelo: “a mudança climática está acontecendo grandiosamente aqui no Ártico. E é nossa escolha tentar mudar isso. Então, vamos fazer algo contra a maior ameaça do nosso tempo”. Vários internautas se mostraram impactados pela imagem. “Que desastre! Pobres animais!”, disse um deles. Outro acrescentou: “o homem está fazendo da terra um inferno para os animais”.

As Ilhas Svalbard são um ponto turístico que costumam atrair pessoas de todo o mundo para ver ursos polares.

Mudanças climáticas

O Ártico é responsável por manter a temperatura do mundo estável, refletindo grande parte do calor emitido pelo sol de volta para o espaço. Esse processo é essencial, por exemplo, para o cultivo de alimentos. Entretanto, com as alterações do clima cada vez mais frequentes e intensas, o aquecimento na região acontece duas vezes mais rápido que no resto do mundo. Nos últimos 30 anos, 75% do gelo Ártico desapareceu. A medição é feita no verão, quando se tem o menor nível de gelo.

Sem o gelo para caçar, descansar e respirar, a existência dos ursos polares está em risco. Os animais estão com dificuldades para se reproduzir e se alimentar, tornando a vida de seus filhotes ainda mais difícil. Se nada for feito para mudar esse cenário alarmante, especialistas acreditam que os ursos polares podem ser completamente extintos nos próximos 100 anos.

O Greenpeace está em campanha para os líderes mundiais criarem um santuário na área não habitada do Ártico, evitando que a região seja vítima de uma grande catástrofe. O objetivo da ONG é banir a exploração de petróleo e a pesca industrial no mar Ártico. Assine a petição para se juntar a esse movimento que já conta com mais de 7 milhões de apoiadores. O Ártico precisa de todos nós assim como nós precisamos dele!