Companhias aéreas americanas proíbem transporte de troféus de caça
Recentemente, o brutal assassinato do leão Cecil, símbolo do Zimbábue, comoveu o mundo e gerou uma onda de indignação. Mas a morte de Cecil parece não ter sido em vão. Três das principais companhias aéreas dos Estados Unidos – a United Airlines, a American Airlines e a Delta – decidiram proibir o transporte de grandes troféus de caça.
Nesta segunda-feira (3), a Delta foi a primeira a anunciar a decisão. A companhia faz voos entre EUA e África do Sul. “Com efeito imediato, a Delta proíbe, em todo o mundo, o transporte de carga de troféus de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos”, informou em comunicado.
Segundo reportagem do portal EcoD, a Delta ressaltou que, até o momento da decisão, aceitava transportar apenas troféus que cumprissem, de forma rigorosa, todos os regulamentos governamentais relativos às espécies protegidas. A companhia aérea adiantou que irá reavaliar o transporte de troféus de caça de outros animais além dos mencionados.
Horas depois do comunicado da Delta, a United Airlines e a American Airlines também anunciaram a proibição do transporte de caça dos cinco animais mencionados.
Cecil
Considerado um símbolo no Zimbábue, o leão Cecil foi cruelmente morto no início de julho. Walter Palmer, caçador e dentista americano, confessou ter matado o animal, que tinha 13 anos e vivia no Parque Nacional Hwange. A polícia do Zimbábue investiga a denúncia de que Palmer pagou o equivalente a R$ 200 mil para caçar o leão. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos está investigando o caso para descobrir se a morte de Cecil está relacionada à rede de tráfico ilegal de animais.
Com a ajuda de cidadãos locais, Palmer atraiu o animal para fora do parque, onde era protegido por lei e estudado por pesquisadores britânicos. Cecil foi então atingido por uma flecha e sofreu durante 40 horas. Só depois foi morto com um tiro. Sua cabeça e pele foram arrancadas.