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Comissão internacional é criada para acabar com redes de caça e comércio ilegal de espécies ameaçadas
A cidade de Haia, na Holanda, abrigará, a partir desta semana, um centro voltado para direitos dos animais: a Comissão de Justiça para a Vida Selvagem (WJC, na sigla em inglês). Ela nasce com o objetivo de perseguir caçadores ilegais e contrabandistas de espécies ameaçadas em todo o mundo. A expectativa é de que a comissão seja o principal mecanismo internacional para expôr quadrilhas que atuam internacionalmente no tráfico de animais, encabeçadas por empresários multimilionários, semelhantes aos chefes de cartéis do narcotráfico e aos grandes mafiosos.
Segundo o grupo ativista americano Global Financial Integrity, o tráfico de animais é um negócio que gera cerca de US$ 17 bilhões, o equivalente a R$ 53 bilhões por ano. A entidade pontua ainda que a atividade é o quarto maior crime transnacional no mundo, ficando atrás do narcotráfico, da falsificação e do tráfico de pessoas. Especialistas afirmam que o comércio ilegal de animais selvagens anda de mãos dadas com crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Inúmeras espécies são ameaçadas pelos crimes contra a vida selvagem. O caso do rinoceronte africano ilustra o problema: em apenas sete anos, a caça ilegal desses animais na África do Sul, que abriga o maior número dessa espécie, cresceu quase 100 vezes. De 13 rinocerontes mortos em 2007, este número chegou a 1.215 em 2014.
Com informações do O Tempo