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Cerca 10 mil cães são mortos anualmente na China para comemorar solstício de verão
Condenações de diversos locais do mundo não foram suficientes para impedir a matança de animais para consumo durante o Festival de Carne de Cachorro de Yulin, na China, que aconteceu nos dias 21 e 22 de junho. O evento comemora o solstício de verão, dia mais longo do ano.
Nas últimas semanas, diversas campanhas contra o festival dominaram as mídias sociais. No Twitter, a hashtag #stopyulin2015 foi usada centenas de milhares de vezes. No Facebook, o grupo Stop Yulin Dog & Cat Meat Festival 2015 recebeu mais de 96 mil curtidas. Uma petição online contra o evento, criada pelo grupo de direitos dos animais Duo Duo, atraiu mais de 4 milhões de assinaturas. Infelizmente, isso não impediu que a festividade acontecesse. Restou aos ativistas ações individuais: segundo a agência de notícias AFP, uma chinesa de 65 anos gastou US$ 1.000 para comprar 100 cachorros e impedir que eles fossem mortos.
Tradicionalmente, cerca de 10 mil cães e, mais recentemente, gatos, são abatidos para o consumo durante o festival, que passou a ser celebrado em Yulin na década de 1990, embora se acredite que o consumo de cães na China seja um hábito cultuado há milhões de anos. Na área rural, ao sul do país, carne de cachorro é consumida, principalmente, pelas gerações mais antigas. Como a indústria, em grande parte, não é regulamentada, a quantidade exata de carne de cachorro consumida na China é incerta. Entretanto, segundo investigação feita pela ONG Animals Asia, de Hong Kong, durante quatro anos, até 10 milhões de cães são abatidos para consumo todos os anos.
Os ativistas que se opõem ao festival dizem que ele “traz como consequência o aumento dos roubos de cães de rua e domésticos” e denunciam as péssimas condições dos canis onde se criam cachorros para que sejam sacrificados. Além disso, destacam que o consumo de carne de cão pode não ser bom para a saúde.