Lagoa da Pampulha poderá ficar livre de 95% do esgoto que recebe em 120 dias
A candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha, que inclui a lagoa, ao título de patrimônio da humanidade concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pode, finalmente, acabar com a poluição no espelho d’água. Estão previstas ações, que devem acontecer em 120 dias, para elevar a 95% a taxa de retirada de esgoto da lagoa. Estima-se que a represa receba, atualmente, cerca de 100 litros por segundo de esgoto.
O trabalho de desassoreamento está em fase avançada, mas a despoluição havia esbarrado no tratamento do esgoto dos córregos Ressaca e Sarandi, que deságuam no espelho d’água. É de responsabilidade da Copasa, no processo de despoluição da lagoa, a implantação de 100 quilômetros de redes coletoras e interceptoras nos bairros situados ao longo da bacia da Pampulha, em Belo Horizonte e Contagem, e a construção de nove estações elevatórias para viabilizar o encaminhamento do esgoto coletado à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça.
De acordo com a Copasa, as obras para implantação dos quatro quilômetros restante das redes coletoras e interceptoras de esgoto serão retomadas nos próximos dias, uma vez que foram liberados os mandados de imissão de posse das áreas por onde as redes passam (Beco Ibaté, Parque São João, Vila da Lua Nova, Vila Boa Vista e Vila Pérola). “Após essas obras, previstas para terminar em 120 dias, 95% do esgoto gerados pelos imóveis na bacia contribuinte da lagoa da Pampulha em Contagem e em Belo Horizonte serão coletados e tratados pela Copasa”, informou a empresa.
Para tratar os 5% restantes, segundo informações do jornal Estado de Minas, deverão ser identificados os lançamentos clandestinos de esgoto e, juntamente com as prefeituras, será feito um trabalho de conscientização com os moradores para interligar esses imóveis às redes coletoras oficiais.