Vitórias para os animais em São Paulo
Esta terça-feira (12) foi de vitória para os animais. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em definitivo projeto que proíbe o uso de cães por empresas de segurança privada e de vigilância na cidade como guardas. Os parlamentares também proibiram a produção e comercialização de foie gras e a venda de artigos de vestuário feitos com pele animal no município.
O autor do Projeto de Lei 55/2015, que defende os cachorros, é o o ex-vereador e atual deputado estadual Roberto Trípoli (PV). Ele justificou a adoção da medida alegando que os animais são mantidos em ambientes insalubres. A lei exclui da proibição cães usados pela Secretaria da Segurança Pública. De acordo com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp), cerca de 600 cães são usados pelas empresas do setor na Grande São Paulo. O sindicato era contrário à lei.
Foie gras
Em segunda votação, a Câmara aprovou o PL 537/2013, que proíbe a produção e comercialização de foie gras em restaurantes. Patos e gansos são explorados para produção da iguaria francesa, conhecida também como gavage. A técnica utilizada é extremamente cruel.
Durante 17 dias seguidos, as aves são superalimentadas por um funil de mais de 40 centímetros inserido violentamente em suas gargantas. Esse processo faz com que o fígado aumente, em média, sete vezes em relação ao tamanho normal. A introdução do tubo provoca lesões no pescoço e pode causar dolorosas inflamações e infecções, além de provocar doenças no sistema digestivo, que podem ser mortais.
O foie gras é proibido em 22 países, entre eles Argentina, Áustria, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Israel, Noruega, Suécia, Suíça, Holanda, Reino Unido e até mesmo na Polônia, um dos maiores produtores mundiais. O estado da Califórnia, no EUA, também proibiu a iguaria.
O projeto de lei havia sido aprovado em primeira votação em 2013. Agora, segue para sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). O autor da proposta é o vereador Laércio Benko (PHS), que apresentou o projeto após participar de polêmica em que defendeu uso de animais em rituais do candomblé.
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