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Corredor ecológico Sossego-Caratinga foi o tema da Terça Ambiental de maio

Corredor ecológico Sossego-Caratinga foi o tema da Terça Ambiental de maio
Terça Ambiental / Crédito: Júlia Mól

Corredores ecológicos foi o tema da última edição da Terça Ambiental da Amda, realizada no dia 05 de maio, no auditório do Senac. A coordenadora de projetos institucionais da Fundação Biodiversitas, Roberta Maini, foi a palestrante do evento e contou sua experiência com o Projeto Sossego-Caratinga, que foi o primeiro corredor ecológico implementado em Minas Gerais.

Com área de 66.427,54 ha, o corredor Sossego-Caratinga está localizado na região leste de Minas Gerais e promove ligação entre a RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) da Mata do Sossego, localizada na cidade de Simonésia, e a RPPN Feliciano Miguel Abdala, localizada em Caratinga. O Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), que está ameaçado de extinção, pertencendo à categoria “Criticamente em Perigo”, é o maior responsável pela implementação do projeto. O corredor Sossego-Caratinga abriga a maior e mais conhecida população de muriquis-do-norte do país, além de 27 espécies de mamíferos; 100 espécies de aves; 24 espécies de anfíbios; 8 espécies de répteis; e 145 espécies de plantas.

Roberta explicou que corredores ecológicos não são unidades de conservação, são áreas “de grande importância biológica, composta por áreas naturais presentes em uma região com variados graus de ocupação humana e diferentes formas de uso da terra”. Os corredores ecológicos são base para o desenvolvimento de pesquisas científicas em parcerias com universidades; e funcionam como polo difusor de conhecimento e tecnologias associados à conservação da biodiversidade.

Segundo Roberta, as principais atividades desenvolvidas no projeto foram a recuperação da Paisagem, com o reflorestamento de mais de 40 mil mudas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) em 65 propriedades diferentes; e a conscientização das comunidades, com a promoção de reuniões, encontros e palestras com a população que vive no entorno das áreas protegidas.

Ao final da palestra, os presentes tiveram a oportunidade de participar de um produtivo debate, trocando experiências e tirando dúvidas sobre os desafios enfrentados por Roberta durante a implementação do projeto.