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Destino das capivaras da lagoa da Pampulha é indefinido

Destino das capivaras da lagoa da Pampulha é indefinido
Roedores foram capturados para conter superpopulação da espécie na região e também a febre maculosa

O destino das capivaras da lagoa da Pampulha continua indefinido. Nesta terça-feira (14), a Prefeitura de Belo Horizonte e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) se reuniram para uma audiência de conciliação, mas não houve acordo.

A PBH foi notificada pelo Ibama em março para que os animais presos no Parque Ecológico da Pampulha fossem soltos sob a alegação de que o prazo concedido para a manutenção em cativeiro já havia expirado. A administração municipal acionou a Justiça e obteve liminar que suspendeu os efeitos da notificação.

Na audiência, foi discutida a responsabilidade de cada entidade na questão dos animais capturados e dos que continuam soltos na orla da lagoa. De acordo com a Justiça, o Ibama, que é réu no processo, foi citado e tem 60 dias para apresentar sua contestação.

De acordo com a assessoria da PBH, o município propôs continuar o manejo dos animais de forma colaborativa, participando da captura, mas aguardando uma indicação do Ibama sobre o local para onde as capivaras devem ser levadas. No entanto, o órgão não aceitou o acordo.

Segundo reportagem do jornal Estado de Minas, o Ibama entende que sua responsabilidade é de somente analisar as propostas de manejo elaboradas pela administração municipal. Júnio Augusto dos Santos Silva, responsável pelo Núcleo de Fauna Silvestre, pontua que o órgão está à disposição para analisar as propostas, mas nada foi apresentado. “As capivaras compõem o espaço do reservatório da Pampulha, que é um empreendimento de responsabilidade da gestão municipal. Não é simplesmente capturá-las e mandá-las para outro lugar. São animais da fauna silvestre que se adaptam bem ao ambiente urbano”, opina.

Com informações do Estado de Minas