Maior desmatador da Amazônia é preso no Pará
O maior desmatador da Amazônia foi preso no último sábado (21) em Novo Progresso, no Pará, durante operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. Ezequiel Antônio Castanha acumula mais de R$ 30 milhões em multas por crimes ambientais e tinha prisão decretada desde agosto de 2014. Outro integrante da quadrilha também foi preso durante a operação.
De acordo com as investigações, Castanha fazia parte de um esquema de grilagem de terras ao longo da rodovia BR-316, entre os municípios de Altamira e Novo Progresso. Segundo o Ministério Público Federal, o grupo invadia terras públicas, desmatava e incendiava a área para formação de pastos e depois vendia as terras como fazendas. Apenas o núcleo familiar de Castanha responde por quase R$ 47 milhões em multas junto ao Ibama, além dos autos de infração em nome dos demais membros da quadrilha.
Ao longo de dez anos, mais de 15 mil hectares de floresta foram desmatados pelo grupo, respondendo por 20% de todo o desmatamento da Amazônia. O prejuízo ambiental está avaliado em R$ 500 milhões. Os suspeitos devem responder por mais de 10 crimes, entre eles invasão de terras públicas, lavagem de dinheiro, crime ambiental e falsificação de documentos.
Castanha será julgado pela Justiça Federal e poderá receber pena de mais de 46 anos de prisão pelos diversos crimes cometidos. Um terceiro integrante da quadrilha permanece foragido.