Vazamento de óleo e diesel ameaça ecossistema das Ilhas Galápagos
Na última quarta-feira (28), o navio cargueiro “Floreana” encalhou próximo à costa da ilha de San Cristobal, no arquipélago equatoriano de Galápagos, provocando um vazamento de diesel e óleo hidráulico na água. A embarcação também transportava outros produtos tóxicos e perigosos, como 10 mil galões de combustível, 11 toneladas de óleo de engrenagem, 103 bujões de gás e 48 toneladas de emulsão asfáltica, entre outros produtos, de acordo com o Conselho de governo do Regime Especial de Galápagos.
Um grupo de operação de emergência foi enviado ao local para tentar conter o vazamento, além de uma equipe de 15 guardas para o controle ambiental, enviada pelo Ministério do Meio Ambiente.
Apesar das autoridades locais acreditarem que a condição do lugar não apresenta risco iminente sobre o ecossistema, o governo do Equador declarou estado de emergência ambiental. Segundo um porta-voz do Parque Nacional de Galápagos, esta medida “permite que as autoridades disponham de recursos imediatos para lidar com a situação”.
O parque informou ainda que sua equipe “intensifica as ações para reduzir os riscos ambientais provenientes do vazamento de materiais contaminantes no mar”.
Esta é a segunda vez que o governo equatoriano precisa emitir estado de emergência ambiental no arquipélago. A primeira foi em maio de 2014, quando o navio de carga “Galapaface I”, carregando 19 mil galões de diesel e 300 de lubrificantes, ficou parado também em San Cristóbal, sofrendo várias danificações em seu casco.
A Ilha Galápagos é moradia para diversas espécies de animais, sendo também o palco em que o biólogo Charles Darwin, em 1835, encontrou as bases para formular sua teoria de evolução e seleção natural. Devido a sua imensa biodiversidade, o arquipélago é considerado Patrimônio Mundial da Unesco.
