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Bagaço de cana-de-açúcar é utilizado para produzir embalagens biodegradáveis

Bagaço de cana-de-açúcar é utilizado para produzir embalagens biodegradáveis
Embalagens biodegradáveis são feitas com resíduos de bagaço de cana-de-açúcar e resina poliuretana à base de óleo de mamona / Crédito: usp.br

Resíduos de bagaço de cana-de-açúcar e resina poliuretana à base de óleo de mamona estão sendo transformados em embalagens biodegradáveis e autodesmontáveis para transporte de frutas, hortaliças e bebidas. O projeto foi desenvolvido por pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) em Materiais para Biossistemas (NAP-BioSMat), sediado na Faculdade de Zooctenia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo, em Pirassununga.

Um dos coordenadores do trabalho, o professor Juliano Fiorelli, do Laboratório de Construção e Ambiência, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da FZEA e membro do BioSMat, explica que a ideia era criar uma embalagem biodegradável oriunda de resíduo agroindustrial resistente ao sol e a água. A pesquisa foi desenvolvida por um grupo de alunos dos cursos de graduação em Engenharia de Alimentos e Engenharia de Biossistemas da FZEA e um projeto de Iniciação Científica, vinculado ao tema, financiado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).

Após secagem em estufa, o bagaço de cana foi moído para obtenção de partículas de até oito milímetros. Em seguida, misturado à resina poliuretana à base de óleo de mamona. A mistura foi colocada em um molde e posteriormente em uma prensa termo-hidráulica para dar forma e estrutura de painel. Foram realizados vários ensaios físicos e mecânicos para determinar densidade, inchamento em espessura, a absorção de água e resistência à flexão.

A partir desses painéis foram fabricados três modelos de embalagens: transporte de bebidas; frutas médias, como laranja, pera e maçã; e embalagem autodesmontável para transporte de frutas pequenas, como morangos e uvas. “Apesar de produzidas em escala laboratorial, as embalagens apresentam potencial para terem um custo inferior aos materiais utilizados atualmente”, destaca Fiorelli.

Com informações da Agência USP de Notícias