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Brigadistas profissionais e voluntários da Amda conseguem debelar incêndio no Parque Estadual da Serra do Rola Moça
Press Release
Belo Horizonte, 25 de setembro de 2014 – Seis brigadistas profissionais da brigada Amda/Usiminas Mineração e sete voluntários da entidade – quatro mulheres e três homens – passaram a noite combatendo violento incêndio no Parque Estadual da Serra do Rola Moça. O alarme foi dado por um brigadista voluntário que mora em Casa Branca, distrito de Brumadinho. Após avistar pequenas chamas iniciando em intervalos no alto da Serra, marginais à estrada que liga a rodovia que atravessa o parque a Ibirité, ele avisou imediatamente a Amda. O incendiário ateou diversos focos, nos dois lados da estrada, que rapidamente transformaram-se num gigantesco incêndio, atingindo a unidade de conservação em dois sentidos.
O maior temor dos brigadistas era que o fogo ultrapassasse a estrada, à semelhança do que aconteceu em 2011, e se tornasse incontrolável. Munidos de soprador, os brigadistas desceram pela área queimada, conseguindo debelar as chamas que subiam em direção à estrada. Depois atacaram o incêndio que queimava o parque no manancial de Taboões da Copasa.
Por volta de 6h desta quinta-feira (25), o fogo reacendeu na vertente de Casa Branca, mas foi novamente contido pelos brigadistas com lançamento de água pelo veículo 4×4 da brigada Amda/Usiminas, equipado com depósito de água e mangueira capaz de lançá-la a até 120 metros de distância. Restaram pequenos focos, já fora do parque, que estavam sendo combatidos com água jogada de um dos aviões alugados para o PrevIncêndio. Na vertente de Ibirité, porém, o fogo reacendeu e ameaça espalhar-se novamente. A Amda, em contato com o secretário de meio ambiente Alceu José Torres, solicitou novamente envio de caminhão auto bomba para debelar o fogo. Até o momento, apenas um helicóptero da instituição sobrevoou a área pela manhã, mas nenhum bombeiro ou veículo apareceu no local.
Neste momento, a brigada profissional Amda/Gerdau, também equipada com caminhonete, com ajuda de dois voluntários da Brigada 1 e um funcionário do parque, está combatendo as chamas. “Tememos não dar conta, pois durante o dia o combate é muito sacrificante devido ao sol e calor. Precisamos realmente de mais água. Corremos risco de perder grande parte do trabalho que fizemos durante a noite. Se o fogo não for controlado poderá atingir grande área do parque”, alerta Dalce Ricas, superintendente executiva da Amda, que participou do combate como brigadista voluntária.
Na vertente de Casa Branca o incêndio destruiu, entre outras espécies, milhares de canelas-de-ema, planta típica dos campos ferruginosos, que na primavera os cobrem de lilás. Segundo Dalce, a área não era queimada desde 2011, quando o parque teve 90% de seu total queimados e o campo estava em avançado processo de recuperação. “Teremos que esperar pelo menos mais uns seis anos para vê-las novamente floridas. Isto se a área não for novamente queimada. Os danos ambientais são incalculáveis”, comenta.
A Amda lamenta a indiferença do Corpo de Bombeiros que, até o momento do envio desta nota, não retornou acerca da solicitação de envio do caminhão da entidade. A associação lembra ainda que a taxa de incêndio instituída no governo Aécio Neves deveria estar sendo devolvida à sociedade por meio do combate às chamas que destroem vegetação, matam animais silvestres, degradam o solo, poluem cursos d%u2019água, emitem gases causadores do Efeito Estufa e agravam problemas respiratórios da população, cuja maior parte nem percebe a ligação.
O combate ao incêndio contou com apoio da Vale, que enviou caminhão pipa para molhar a margem da estrada, visando impedir que o fogo ultrapassasse para outro lado do parque.
Para mais informações: (31) 3291 0661