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UFVJM deve adotar medidas urgentes para reduzir danos ambientais causados ao Parque Estadual do Biribiri
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) tem 30 dias para adotar medidas para corrigir processos erosivos do solo que estão provocando danos ambientais ao Parque Estadual do Biribiri, unidade de proteção integral que faz parte da Reserva da Biosfera do Espinhaço. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), órgãos ambientais detectaram que esta situação ocorre pela falta de drenagem pluvial adequada na região.
A ocorrência de processos erosivos do solo na área do campus, nas proximidades da antiga estação de tratamento de esgoto, é identificada desde 2012. Com isso, areia e terra são carreadas para o interior do parque, assoreando o córrego do Chacrinha, que deságua no córrego da Roda e em seguida no córrego Soberbo, formando a cachoeira dos Cristais, um dos principais pontos de visitação turística da unidade de conservação.
Em 2012, fiscais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) lavraram auto de infração contra a Universidade e recomendaram intervenções para resolver a situação. No entanto, em 2013, foi constatado que as medidas tomadas não tiveram resultados efetivos. Em novembro do ano passado, os fiscais identificaram que o córrego do Chacrinha estava “extremamente assoreado devido à falta de medidas que mitiguem essa situação de carreamento de partículas sólidas”.
Uma nova vistoria, realizada pelo Núcleo Regional de Fiscalização Ambiental do Jequitinhonha (NUFIS-JEQ) em julho deste ano, apontou que a pavimentação e a construção de edificações no campus levaram ao aumento progressivo da área impermeabilizada, causando o aumento significativo do volume de água das chuvas e a consequente ineficiência das estruturas de captação e condução, que foram projetadas para absorver carga hidráulica menor.
De acordo com reportagem do jornal O Tempo, a Universidade informou que fará a retirada imediata da areia alojada entre o asfalto e a cerca do campus; plantio de espécies vegetais adequadas, com adubação específica e assistência técnica especializada da própria instituição; e nivelamento e plantio de grama para cobrir o solo e melhorar a absorção de água. Além disso, a UFVJM se comprometeu a elaborar um projeto de intervenção no interior da unidade de conservação, com a colocação de “barreiras” no percurso da água, dentro do prazo de 30 dias, a ser encaminhado à gerência do Biribiri para análise e anuência.