Fundação seleciona os dez lugares mais poluídos do mundo
De acordo com a fundação suíça Green Cross, 200 milhões de pessoas estão em contato preocupante com a poluição ambiental. Tais pessoas vivem em áreas em que o solo é contaminado por metais pesados, há lixo químico espalhado no ar e resíduos eletrônicos tóxicos nos rios. A organização selecionou os dez piores lugares no mundo em termos de poluição.
1 – Depósito de lixo de Agbogbloshie, em Gana
Considerado o segundo maior depósito de lixo da África Ocidental, a área está localizada em Agbogbloshie, na cidade ganense de Acra. Lá é possível encontrar diversos materiais eletrônicos descartados e é realizada queima de fios metálicos, liberando chumbo. Segundo o relatório da fundação, o local é um dos mais poluídos do planeta.
2 – Rio Citarum, na Indonésia
Neste rio, a água é mil vezes mais poluída do que água potável, além de conter quantidades absurdas de alumínio e ferro. A área recebe o despejo de resíduos industriais de, pelo menos, 2 mil fábricas. O rio Citarum é responsável pelo abastecimento de milhões de pessoas nas regiões por onde passa.
3 – Centro industrial de Dzerzhinsk, na Rússia
Este é um dos centros industriais químicos mais importantes do mundo. De 1930 a 1998, estima-se que 300 mil toneladas de lixo químico não foram devidamente depositadas na área, ou seja, as substâncias poluíram excessivamente o lençol freático e o ar. O resultado é uma baixíssima expectativa de vida: 47 anos para as mulheres e 42 entre os homens.
4 – Usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia
Até hoje Chernobil é lembrada como o local do maior acidente nuclear da história. No dia 25 de abril de 1986, um incêndio e o derretimento nuclear produziram uma nuvem de radioatividade. Ninguém mora a menos de 30 quilômetros de distância da região do acidente. O solo na área da antiga usina ainda é contaminado e coloca em risco a produção de alimentos.
5 – Curtumes de Hazaribagh, em Bangladesh
Hazaribagh tem mais curtumes do que qualquer outro lugar de Bangladesh. A maioria dessas fábricas usa métodos antigos e ineficazes e acaba despejando cerca de 22 mil litros de resíduos tóxicos por dia no rio Buriganga, principal fonte de abastecimento de água de Dhaka. Vários moradores sofrem de doenças de pele e nas vias áreas causadas pelo material cancerígeno.
6 – Minas de chumbo em Kabwe, na Zâmbia
Em Kabwe, a segunda maior cidade da Zâmbia, diversas crianças sofrem com elevados índices de chumbo no sangue. Durante um século, minas de chumbo liberaram metais pesados por meio de partículas de poeira que caíam no chão tanto na cidade quanto nos arredores.
7 – Minas de ouro em Kalimantan, na Indonésia
Kalimantan pertence à parte indonésia da ilha do Bornéu e é particularmente conhecida por suas minas de ouro. Para obter o metal precioso, vários mineiros usam mercúrio, liberando mais de mil toneladas de material tóxico no meio ambiente todos os anos, poluindo os lençóis freáticos.
8 – Rio Matanza-Riachuelo, na Argentina
Cerca de 5 mil fábricas despejam esgoto nas águas do rio Matanza-Riachulo, na Argentina. Segundo o relatório da fundação Green Cross, produtores químicos são culpados por mais de um terço da poluição do rio, que contém grandes quantidades de zinco, chumbo, cobre, níquel, além de outros metais pesados. A população da região sofre de problemas intestinais e nas vias aéreas.
9 – Delta do rio Níger, na Nigéria
O Delta do rio Níger é uma área de alta densidade populacional, concentrando 8% de toda a população da Nigéria. O local sofre com poluição por petróleo e hidrocarbonetos, que contaminam o solo e os lençóis freáticos. Em média, o equivalente a 240 mil barris de petróleo atingem o delta por ano em função de acidentes ambientais ou roubo da matéria-prima.
10 – Cidade industrial de Norilsk, na Rússia
Aproximadamente 500 toneladas de óxidos de cobre e de níquel, além de 2 milhões de toneladas de óxido de enxofre são liberados na cidade industrial russa de Norilsk por ano. A poluição do ar é tão grande que a expectativa de vida dos trabalhadores das indústrias da cidade é dez vezes menor do que a média registrada na Rússia.