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Remoção de mais de 200 capivaras da Lagoa da Pampulha pode começar neste mês

Remoção de mais de 200 capivaras da Lagoa da Pampulha pode começar neste mês
Crédito: Edesio Ferreira/EM

A remoção das cerca de 250 capivaras da Lagoa da Pampulha pode começar ainda neste mês. A prefeitura está analisando a situação de três fazendas de entidades públicas que se ofereceram para receber os roedores. Duas propriedades rurais estão localizadas na Região Central e outra no Norte de Minas. A empresa selecionada será contratada em caráter de urgência e sem licitação, de acordo com o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros.

Todas as capivaras serão submetidas a exames e, em março, apenas as saudáveis serão transportadas para o local selecionado. A assinatura do convênio, em fase de elaboração, deverá levar em conta a contrapartida exigida pelos representantes das propriedades, que solicitaram à administração municipal, por exemplo, o custeio da alimentação e o cercamento das áreas com alambrado. No período entre o resultado dos exames e a transferência, os animais ficarão em uma área cercada no Parque Ecológico da Pampulha.

O recolhimento das capivaras depende ainda da aprovação do plano de manejo. O estudo que está sendo desenvolvido pela prefeitura e estabelece diretrizes para o tratamento será encaminhado para análise ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nas próximas semanas. “Somente depois de aprovado o plano é que os funcionários da empresa poderão capturar as capivaras e submetê-las aos exames. Será feito o teste de carrapatos para detecção de febre maculosa”, explicou o vice-prefeito.

Histórico

A remoção das capivaras foi inicialmente motivada pelo pisoteio causado por elas nos jardins de Burle Marx. Há também a preocupação com problemas relacionados ao carrapato-estrela, que transmite a febre maculosa e se hospeda nas capivaras. Além disso, no fim do ano passado, dois pousos de aviões no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o Pampulha, foram abortados depois que os pilotos observaram a presença dos animais no leito do Córrego da Pampulha, nas proximidades da pista de pouso.

Em novembro do ano passado, três capivaras adultas foram encontradas mortas na orla da Pampulha. Moradores chamaram a prefeitura quando acharam os bichos caídos com os focinhos sujos de sangue, perto da rua Braúna, no bairro de mesmo nome. Elas foram recolhidas por biólogos da Fundação Zoobotânica para autópsia e apresentavam ferimentos pelo corpo.