Justiça não reduz multa à empresa responsável por vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010
13 de janeiro de 2014
Bombeiros combatem chamas remanescentes do acidente no Golfo do México em abril de 2010 / Crédito: U.S. Coast Guard/Handout/Files/Reuters
Mais uma apelação da petrolífera BP foi rejeitada por um tribunal dos Estados Unidos. A empresa buscava a restrição de pagamentos para o que aponta ser reclamações fictícias e absurdas relacionadas ao derramamento de petróleo no Golfo do México em 2010.
A BP argumentou em seu apelo que a administração de um acordo de 2012 foi falha porque considerou reclamantes sem danos concretos. Um painel da 5ª Corte de Apelações reafirmou, na última sexta-feira (10), a aprovação de um juiz federal de um acordo multi-bilionário entre a empresa de petróleo e empresas e indivíduos que perderam dinheiro e bens no derramamento.
A empresa é considerada responsável por um gigantesco vazamento de petróleo no Golfo do México. Uma explosão destruiu a plataforma Deepwater Horizon, explorada pela britânica BP, provocou a morte de 11 pessoas e derramou 5 milhões de barris de petróleo nas águas do Golfo do México. O material se espalhou no mar durante três meses, antes que o poço danificado pudesse ser selado e teve um efeito devastador nos moradores da costa do golfo, no ecossistema e nas indústrias do turismo e da pesca.
Inicialmente, segundo informações da Reuters, a BP tinha previsto que a decisão sobre o caso custaria US$ 7,8 bilhões. No final de outubro, a empresa elevou a estimativa para US$ 9,2 bilhões e pontuou que a soma poderia crescer significativamente, com bilhões de dólares já sendo pagos aos reclamantes, que vão desde proprietários de hotéis a coletores de ostras.
Conforme a reportagem, a BP ainda enfrenta possíveis multas no âmbito da Lei da Água Limpa. A empresa entrou com inúmeras ações judiciais para coibir pagamentos relacionadas com o derrame de petróleo depois de realizar provisões de US$ 42,4 bilhões para cobrir a limpeza, indenização e multas.