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Professor do Cefet-MG desenvolve projeto para reciclar lixo eletrônico

Professor do Cefet-MG desenvolve projeto para reciclar lixo eletrônico
Crédito: nopatio.com.br

Um projeto inédito no Brasil e na América Latina tem como objetivo desenvolver um processo de recuperação e reaproveitamento de minerais presentes em equipamentos eletroeletrônicos descartados. A proposta, coordenado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MG), chegará à fase piloto neste ano.

O projeto consiste na coleta e separação do lixo eletrônico para trituração das peças. Depois, por meio de uma estrutura modular composta por células de processamento, minerais como ouro, platina e cobre são isolados, possibilitando a reinserção deles na cadeia produtiva.

“Existem empresas brasileiras que já trabalham com a reciclagem do lixo eletrônico, mas elas só vão até a etapa de separação e trituração. Meu projeto continua do ponto em que elas param. Além de resolver o problema do lixo, resolve o do meio ambiente, porque muitos materiais têm metais pesados que contaminam o solo e o lençol freático, além de eliminar a necessidade de retirar mais minerais da natureza”, disse o professor e pesquisador do Cefet-MG, autor do projeto, Joel Augusto dos Santos.

Desde 2010, quando começou a ser elaborado, o projeto passou pelas etapas de implantação, testes em laboratório e comprovação da viabilidade técnica e econômica. Neste ano, será criada uma usina piloto que vai apontar os custos operacionais da tecnologia, a capacidade produtiva, quantidade e formação dos profissionais necessários.

Para Santos, o projeto tem grande atrativo financeiro, pois custa menos de R$ 1 milhão. “Minha proposta é desenvolver a técnica e o equipamento e entregar o conceito a quem tiver interesse em montar uma usina de grandes proporções”, disse o pesquisador.

De acordo com ele, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) de Belo Horizonte já deu parecer favorável à iniciativa, mas, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a aprovação da adoção do modelo proposto precisa partir, primeiramente, da esfera federal.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que, neste ano, serão gerados 1.008,6 toneladas de lixo eletrônico no Brasil. Em 2020, esse montante deverá saltar para 1.143,9 toneladas.


Com informações do Hoje em Dia