Corpo de Idi Amin será exposto no Museu de Ciências Naturais PUC Minas
A estrela do zoológico de Belo Horizonte, o gorila Idi Amin, que morreu em março do ano passado, terá seu corpo exposto no Museu de Ciências Naturais PUC Minas. O local será reaberto nesta sexta-feira (13) após ficar 11 meses fechado devido a um incêndio. O espaço teve toda a pintura e projetos elétrico e contra incêndio renovados. Além disso, o museu ganhou sistema de iluminação em led, mais econômico e que não aquece o ambiente.
Idi Amin será a grande novidade da reabertura e ficará na exposição Fauna Exótica, no terceiro andar. O corpo do gorila estará exposto ao lado de Cleópatra, gorila que também veio do zoológico. O casal estará próximo aos esqueletos dos elefantes Joca e Margarete, que também moraram no zoológico da capital.
Para a montagem do corpo de Idi Amin foi utilizada a técnica de curtimento de couro, idêntica à aplicada em bovinos, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) – Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos, em São Paulo. O método possibilitou a permanência original da pele, dos pelos e dos dedos do gorila. A técnica tradicional, baseada no curtimento com compostos à base de alumínio, deixaria o couro de Idi Amin quebradiço com o passar dos anos. Para o preenchimento do manequim, que é feito com poliuretano, material leve e poroso, o próprio museu testou revestimento com cimento especial, que dá mais firmeza e durabilidade e acabamento perfeito, em detalhes, além de não ser inflamável, de acordo com o coordenador do museu, professor Bonifácio José Teixeira.
Outra atração restaurada é a preguiça gigante, que havia desabado com o incêndio. Foi utilizada resina na superfície externa dos ossos e preenchimento com poliuretano, que dá consistência ao esqueleto. A réplica foi feita a partir de fóssil da coleção de Paleontologia do museu, uma das mais importantes das Américas, com mais de 70 mil fósseis e que não foi atingida pelo incêndio. A preguiça gigante integrava a exposição A grande extinção – 11 mil anos, dos animais existentes no período Pleistoceno.
Uma nova exposição, denominada a Era dos Répteis, ficará no 1º andar. Estarão expostos um esqueleto real e completo do jacaré do papo-amarelo, oriundo de Minas Gerais, em posição de nado; três crânios reais, um do jacaré-açu, da Amazônia, cujo comprimento do animal chega a cinco metros; um do jacaretinga ou jacaré-coroa, proveniente da Amazônia; e um do jacaré-anão, cujo corpo do animal mede menos de um metro. Além desses, o museu abrigará cópias de três crânios: um do jacaré gigante (Purusaurus), do Acre; um de jacaré terrestre (Baurusucus), de Bauru (SP), e outro também de jacaré terrestre, o Spharhisaurus, do interior do norte de São Paulo.
No 2º andar poderão ser visitadas as exposições Peter W. Lund: memórias de um naturalista; A Grande Extinção: 11 mil anos; e Vida no Cerrado. O painel, com imagem do Pleistoceno, de autoria do artista plástico Walter Lara, foi totalmente recuperado. Já no 3º andar permanecem as exposições Fauna Exótica e Vida na Água. O local abrigará ainda a maquete da região de Lagoa Santa, onde vivia o paleontólogo Peter Lund, que foi totalmente reformada. A caverna, que simulava o ambiente em grutas exploradas por Peter Lund naquela região, será reconstruída do lado de fora do museu, ainda sem previsão. Já o planetário, que permite a observação e simulação astronômica, já está com projeto aprovado e será construído em 2014, também na parte externa do museu, ao lado do auditório.
Os horários de visitação ao Museu de Ciências Naturais PUC Minas continuam os mesmos: incluindo feriados, de terça a sábado, das 8h30 às 17h, e às quintas até as 21h. Os ingressos custam R$5 para o público em geral e R$2,50 para estudantes de escolas públicas.