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A cada três meses, coelhos angorás têm seus pelos arrancados cruelmente para venda

A cada três meses, coelhos angorás têm seus pelos arrancados cruelmente para venda
A cada três meses

A organização Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) recentemente denunciou, com publicação de vídeo, os maus tratos a que os coelhos angorás são submetidos. Presos por cordas, pessoas arrancam os pelos dos animais enquanto estes gemem de dor, sem nada poderem fazer. Os pelos arrancados dessa maneira rendem mais dinheiro aos comerciantes, porque são mais longos e de melhor qualidade. Segundo a Peta, 90% da lã angorá do mundo, conhecida por sua textura leve e sedosa, vem da China.

Entre junho e setembro deste ano, um investigador infiltrado visitou dez lugares, nas províncias de Jiangsu e Shandong, onde os coelhos são explorados. Em metade deles, os pelos eram arrancados. Nas outras, eram cortados ou rapados, processos que também machucam os animais. Conforme informações divulgadas pela Peta, durante o processo de corte, as patas são firmemente amarradas – o que já torna a situação aterrorizante – e as ferramentas utilizadas são bastante afiadas, o que pode provocar cortes enquanto os animais lutam para escapar.

Após ter seu pelo arrancado de forma cruel, os coelhos voltam para suas pequenas gaiolas sujas, sem piso sólido ou roupa de cama e sem a companhia de outros animais. De acordo com a Peta, depois do processo, muitos animais parecem entrar em choque. Nos locais visitados era possível contar desde algumas centenas até cerca de dez mil coelhos.

Os coelhos angorás são submetidos ao trauma a cada três meses e, depois de dois a cinco anos, os sobreviventes são mortos e seus corpos são vendidos.

“A Peta apela aos clientes que vão comprar prendas de Natal e de Ano Novo chinês. Leiam as etiquetas das camisolas ou cachecóis”, declarou o vice presidente do ramo asiático da organização.

A organização fez um abaixo assinado no qual as pessoas se comprometem a não comprar peças produzidas com lã angorá. Faça parte dessa corrente! Não fomente esse mercado cruel.