Aguapés voltam a encobrir Lagoa da Pampulha
Quatro anos após a última retirada em larga escala, os aguapés, vegetal que se desenvolve rapidamente em águas poluídas, voltou a encobrir partes da Lagoa da Pampulha, cartão postal de Belo Horizonte. A maior concentração da planta pode ser vista principalmente na região próxima à entrada para o bairro Bandeirantes, mas com o vento e as chuvas dos últimos dias, os aguapés podem ser encontrados em blocos por todo o espelho d’água.
De acordo com o secretário municipal da Regional Pampulha, Humberto Pereira de Abreu Júnior, o aumento do volume de aguapés ocorreu porque a balsa utilizada para a retirada das plantas ficou cinco meses parada com problemas no motor. Segundo Júnior, os vegetais nunca deixaram de existir, mas a infestação aumentou com a redução da coleta, que passou a ser feita manualmente.
O secretário considerou que o fim dos aguapés na lagoa só vai ocorrer quando o esgoto de Contagem, na Grande BH, que é despejado na Pampulha, passar a ser tratado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). “Esperamos que até junho esse problema esteja resolvido”, disse. Conforme informações publicadas pelo jornal Estado de Minas, a prefeitura e o governo do estado mantêm hoje na Pampulha três dragas empregadas na retirada de resíduos do fundo da lagoa.
Recuperação
Ainda conforme publicação do jornal, o Senado autorizou ontem (03) a Prefeitura de Belo Horizonte a contrair um empréstimo de US$ 75 milhões, o equivalente a R$ 172,5 milhões, para financiar parte do Programa de Recuperação da Bacia Hidrográfica da Pampulha. Os recursos fazem parte de um pacote aprovado pelos senadores para estados e municípios no valor de US$ 434 milhões, o que equivale a mais de R$ 1 bilhão. A capital mineira receberá a maior parte da verba, US$ 330 milhões, cerca de R$ 760 milhões, em três operações com diferentes instituições de crédito internacionais.
De acordo com a prefeitura, a verba será aplicada na conclusão das intervenções da bacia do Córrego do Bonsucesso, no Barreiro, e que fazem parte do Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte, o Programa Drenurbs Suplementar.