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China oferece recompensa para cidades que reduzirem poluição do ar

China oferece recompensa para cidades que reduzirem poluição do ar
Mulher usando máscara passeia pelo centro financeiro de Xangai / Crédito: Aly Song/Reuters

As seis províncias consideradas as maiores poluidoras da China podem receber recompensas caso implementem, até o final deste ano, medidas para reduzir a poluição do ar. O governo chinês ofereceu uma recompensa de 5 bilhões de yuans, equivalente a cerca de R$ 1,83 bilhão. O prêmio faz parte do plano anunciado em janeiro pelo Ministério do Meio Ambiente chinês que prevê investimento de 1,7 trilhão de yuans (R$ 6,3 bilhões) para reduzir a poluição do ar no país em 25% nos próximos cinco anos.

Para receber o prêmio, que será dividida entre as seis cidades, os governos locais devem encaminhar medidas como a instalação de filtros em indústrias, oferecer recompensas fiscais para empresas que diminuírem a emissão de gases, fechar fábricas em dias de altos níveis de poluição e adotar sistemas de rodízio de carros.

Segundo uma pesquisa do jornal Beijing Youth Daily, o número de visitantes à capital Pequim caiu 50% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2012. É a primeira vez que o volume de turistas diminui desde 2008, quando a cidade recebeu os Jogos Olímpicos, de acordo com o jornal. O período da queda coincide com índices recordes de poluição na metrópole.

Os turistas não são os únicos estrangeiros a evitar as cidades poluídas. Segundo a Câmara de Comércio Europeia, dezenas de empresas da Europa passaram a deslocar seus funcionários para destinos mais saudáveis e menos onerosos à saúde. Levantamento recente do banco HSBC aponta que a China é o principal destino mundial para profissionais estrangeiros, atraídos pelo crescimento do país, salários e benefícios até 50% superiores aos oferecidos no resto do mundo.

Conforme reportagem da BBC, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que pelo menos 230 mil pessoas morrem anualmente na China por doenças ligadas à poluição. Na semana passada, a imprensa divulgou o caso de uma menina de oito anos considerada a paciente mais jovem com câncer de pulmão no país.