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Representante da Amda realiza palestra em penitenciária de São Joaquim de Bicas

Representante da Amda realiza palestra em penitenciária de São Joaquim de Bicas
Representante da Amda faz palestra na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria / Crédito: Amda

Nesta terça-feira (08), Elizabete Lino, Relações Institucionais da Amda, realizou uma palestra sobre meio ambiente na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria (PPJSA), localizada em São Joaquim de Bicas, Minas Gerais. O evento ocorreu para inauguração do primeiro papa pilhas da unidade. Até então, as pilhas eram descartadas junto com o lixo comum.

Elizabete começou sua palestra falando sobre a Amda. Ela apresentou os objetivos da entidade, foco de atuação e principais projetos desenvolvidos, como Prevenção e combate a incêndios florestais, Terça Ambiental, Blitz Ecológica, Asas, Oásis e Caravana Ambiental. Com um material rico em fotos, ela mostrou imagens de queimadas sendo combatidas pelos brigadistas da Amda, como o episódio em que o Parque Estadual da Serra do Rola Moça foi atingido por um incêndio florestal em junho de 2011.

A representante da Amda abordou desmatamento, tráfico de animais silvestres, lixo e reciclagem, focando este último item nas pilhas, objeto chave do evento. As pilhas são altamente poluentes e devem ser encaminhadas para empresas especializadas na reciclagem de materiais químicos. Elas contêm metais pesados como cádmio, mercúrio e chumbo e, quando dispensadas no lixo comum, esses objetos acabam indo para os aterros contaminando o solo e reservatórios de água, podendo chegar às plantações.

No momento do debate, um dos presos pediu a palavra e comentou que, apesar do ambiente limitar suas ações, eles têm consciência de que é preciso separar o lixo e não deixar a torneira aberta sem necessidade, por exemplo. Porém, conforme o relato, a estrutura da penitenciária às vezes dificulta essas atitudes em prol do meio ambiente. O detento contou que diversas vezes eles pedem para trocar as buchas das torneiras que estão velhas mas isso demora muito para acontecer; o recolhimento dos sacos de resíduos também é uma dificuldade; e às vezes faltam até mesmo sacos de lixo para descarte.

Segundo Elizabete, esse foi o primeiro convite de uma instituição penitenciária nos 35 anos de vida da Amda. “A ação é muito válida, pois da mesma forma que todos têm direito à informação, todos têm o dever de cuidar do meio ambiente. Mas as pessoas não farão nada se não souberem por onde começar e a expectativa é que os ouvintes apliquem os conceitos aprendidos dentro e fora da penitenciária, quando terão mais contatos com o uso dos recursos naturais e consumo ofertado pelo mercado”, comentou.