Deputados fecham acordo para votação do código
Apesar de se posicionar contra a aprovação do texto no plenário da Câmara neste ano, o PT avalizou o acordo, segundo o vice-presidente da Comissão Especial, Anselmo de Jesus (PT-RO). "Já o líder do PV, Edson Duarte (BA), rejeitou qualquer acordo. "Conosco não tem acordo com esse relatório. Não queremos que seja votado agora. Deixar para 2011 seria melhor. Não tem necessidade de votar", diz.
Os deputados correm para aprovar o texto de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) antes do recesso parlamentar e do início da campanha eleitoral. "Houve tempo suficiente para conhecer o relatório e fazer emendas. Agora, é votar o texto e os substitutivos que forem apresentados em plenário", afirmou o presidente da Comissão Especial, Moacir Micheletto.
Na segunda-feira (21), o líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) havia afirmado que a votação deveria acontecer somente depois das eleições. Entretanto, os ruralistas já iniciam mobilização de produtores rurais para pressionar o Congresso a votar o relatório no início de julho.
A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) trabalham junto à bancada ruralista para iniciar uma campanha nacional de "esclarecimento" da população sobre as alterações propostas pelo relatório de Aldo Rebelo. O desconhecimento da população em relação às mudanças no Código e a falta de debate público estão entre os principais argumentos para o adiamento da votação. A campanha seria uma forma rasteira e enganosa de “resolver” a questão.
O relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) já recebeu várias propostas de alteração no texto. Também contrário à votação do relatório neste ano, o Ministério do Meio Ambiente pediu, entre outros pontos, a retirada da anistia a desmatamentos feitos até junho de 2008 e a moratória de cinco anos para multas por crimes ambientais. O relator receberá novas propostas até a próxima segunda-feira (28).