Para a presidente da CNA, lei ambiental no país é “muito rígida”
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e uma das representatnes da bancada ruralista no Congresso Nacional, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), apresentou nessa quinta-feira as diretrizes que a entidade pretende mostrar aos candidatos à presidência da república.
Na questão ambiental, a senadora disse que a CNA vai pleitear a redução das penalidades impostos pelo atual governo. "O excesso do castigo da lei é que nós queremos tirar. Queremos um presidente que não tenha preconceito, que não queira castigar a propriedade privada", disse citando que um empresário pode perder terras, ser criminalizado ou ficar sem financiamento público.
A senadora cobrou execução das decisões relacionadas à criação de unidades de conservação. Segundo ela, 80% dessas áreas não produzem nem foram desapropriadas pelo governo ou os antigos donos foram indenizados. "É uma falsidade, uma mentira", afirmou.
A senadora também criticou as exigências trabalhistas. Na questão do trabalho no campo, Kátia Abreu reclamou de norma do governo para inibir o trabalho escravo. "A norma impõe 252 exigências que o produtor não consegue cumprir e que leva ao trabalho análogo ao escravo, que é uma definição dúbia. A gente sabe o que é escravo, somos signatários da convenção da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que define o que é. Mas na norma entra largura de colchão, altura de mesa, tamanho da janela, aí não dá. Está entrando nessa seara que não é mais técnica", disse.
A presidente da CNA afirmou que a entidade não vai apoiar nenhum candidato a presidente, mas que seus associados continuarão a eleger bancadas que representem seus interesses.
*Com informações do jornal Valor Econômico