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Energia e siderurgia na pauta do III Seminário sobre Indicadores de Sustentabilidade
No segundo dia do III Seminário sobre Indicadores de Sustentabilidade, o analista financeiro do SAM Group, empresa que avalia as empresas que usam os indicadores do índice Dow Jones de Sustentabilidade, Jean-François Meymandi, falou sobre as empresas de energia elétrica que usam o índice.
François explicou que as empresas preenchem um questionário de cem páginas e que demoram até dois meses para devolvê-lo. Os dados dão conta de todas as atividades econômicas, sociais e ambientais das empresas e os indicadores têm como objetivo buscar a sustentabilidade das organizações. No entanto, ele enfatizou que, para isso, as empresas têm que pensar em longo prazo e que este é o “caminho certo”. “Não vamos cruzar os caminhos sem enfrentar as dificuldades. É preciso muito trabalho para atingir a sustentabilidade”, disse.
De acordo com o analista financeiro, as empresas que se preocupam em utilizar indicadores de sustentabilidade são mais bem vistas no mercado e atraem mais ativos para os investidores, além de se mostrarem mais capazes de superar crises.
Sobre as companhias concessionárias de energia elétrica, François disse que a meta é que sejam as mais limpas possíveis, com menor emissão de carbonos, poluição dos rios e investimentos em energias alternativas como solar e eólica.
O engenheiro de minas e consultor do Instituto Totum, Carlos Del Pupo, que discorreu sobre os indicadores de sustentabilidade das empresas siderúrgicas lembrou que o conceito básico para a sustentabilidade é atender às necessidades presentes, sem comprometer as gerações futuras e, para isso, é necessário que as empresas usem indicadores relevantes.
Mas, segundo Del Pupo, as empresas têm que investir em tecnologia e recursos humanos para monitorar os indicadores. “Investir nisso significa que a empresa terá um valor agregado ao seu produto que não é só o dinheiro e isso é muito importante para os seus acionistas. Com a aplicação de indicadores, as empresas buscam por metas e outras opções rumo à sustentabilidade, como a ecoeficiência nos processos produtivos além de outras opções para geração de energia das suas unidades”, explicou.
Apesar de as empresas siderúrgicas serem detentoras de 3,2% das emissões de gases de efeito estufa, Del Pupo entende que o setor tem que buscar alternativas para mitigar as emissões de gás carbônico. “Gases, resíduos, madeira, carvão mineral e vegetal fazem parte dos impactos ambientais do nosso negócio, por isso temos que fazer um controle para mitigá-los e daí a necessidade de estabelecer indicadores”, disse.
Fonte: Repórter Luiz Raphael, para o Ambiente Hoje Online