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Plantas tóxicas: mantenha longe de crianças e animais

Plantas tóxicas: mantenha longe de crianças e animais
Copo-de-leite

Quem tem plantas em casa sabe o bem que elas fazem. Além de decorar os ambientes e perfumar, elas minimizam ruídos internos e externos, retém a poeira, propiciam um efeito relaxante para os que vivem na casa, elevam a umidade do espaço e podem reduzir a quantidade de bactérias e esporo de mofo do ar, devido à produção de algumas substâncias específicas. Por outro lado, algumas plantas merecem maior atenção, pois são tóxicas.

Vários exemplares tóxicos são utilizados como ornamentos em jardins domésticos, trazendo riscos para animais e crianças. Conheça algumas delas:

1. Comigo-ninguém-pode

Nome científico: Dieffenbachia picta Schott
Nome popular: aninga-do-Pará.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Essa planta, que está na maioria das casas e parece inofensiva, é muito tóxica. Se mastigada, fere a mucosa da boca e da garganta, provocando inchaço e causando asfixia.

2. Jequiriti, Olho de cabra, Olho de pombo, Fruta de conta, Tento pequeno, Ervilha do rosário, Tento dos mudos, Alcaçuz da América ou Cipó de alcaçuz.

Nome científico: Abrus precatorius L.
Possui uma substância, de nome abrina, que é mortal. Ela provoca a formação de coágulo e a morte se dá pelo impedimento de circulação sanguínea que ele causa. Embora não seja muito frequente nos jardins, ela é famosa por ter sido usada como “planta proibida” do filme A Lagoa Azul.

3. Pinhão-de-Purga ou Pinhão roxo.

Nome científico: Jatropha curcas L.
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo
Parte tóxica: folhas e frutos
Possui ricina na seiva e as folhas contêm saponinas tóxicas. Quando ingerida pode causar náuseas, cólicas abdominais, vômitos, diarreia, dispneia, arritmia e parada cardíaca.

4. Mamona, carrapateira, rícino, palma-de-cristo

Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato
Parte tóxica: sementes
Também possui ricina, a mesma substância encontrada no Pinhão Roxo. Pode causar dor abdominal, náuseas, vômitos, cólicas intensas, diarreia às vezes sanguinolenta, arritmia e parada cardíaca

5. Mandioca-Brava, Maniva

Nome científico: Manihot utilissima Pohl
Nome popular: mandioca, maniva
Parte tóxica: raiz e folhas
Sua raiz e folhas possuem glicosídeos cianogênicos. Os sintomas após a ingestão são náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas, sonolência, convulsões e coma.

6. Alamanda ou dedal-de-dama

Nome científico: Allamanda cathartica L
Embora algumas pessoas utilizem essa planta como purgante, ela é perigosa e pode causar intoxicações graves. Diversos sintomas gastrintestinais podem ocorrer com a sua ingestão como náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. Em casos de ingestão acidental deve-se procurar ajuda médica imediatamente.

7. Buchinha, Buchinha-do-norte, Buchinha-paulista, Cabacinha.

Nome científico: Luffa operculata Cogn
Natural da América do Sul e muito encontrada no Brasil, há relatos de que o seu uso como abortivo já causou morte. Deve-se ter cuidado com o fruto dessa planta. Especula-se que a sua toxicidade seja em virtude da existência de cucurbitacinas e isocucurbitacina B em seu fruto. Em aproximadamente 24 horas após a ingestão do chá feito com o fruto, a pessoa pode apresentar náuseas, dores de cabeça, vômitos e dores abdominais, seguidos de hemorragias, coma e a morte.

8. Copo de leite

Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Dor em queimação, inchaço de lábios, língua, palato e faringe, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Caso a pessoa tenha contato ocular, os sintomas são irritação intensa com congestão, edema, fotofobia e lacrimejamento.

9. Tinhorão

Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio
Parte tóxica: todas as partes da planta
Dor em queimação, inchaço de lábios, língua, palato e faringe, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia e lacrimejamento.

10. Taioba-brava

Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá
Parte tóxica: todas as partes da planta
Dor em queimação, inchaço de lábios, língua, palato e faringe, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia e lacrimejamento.

11. Banana-de-macaco

Nome científico: Rollinia leptopetala R.E.Fr.
Nome popular: Araticum, Ata-brava, Banana-de-macaco, Bananinha, Bananinha-de-macaco, Bananinha-de-quemquem, Fruta-de-macaco, Pereiro
Parte tóxica: todas as partes da planta
Dor em queimação, inchaço de lábios, língua, palato e faringe. Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia e lacrimejamento.

12. Coroa-de-cristo

Nome científico: Euphorbia milii L.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação. Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos. Contato ocular: conjuntivite e lesões de córnea.

13. Bico-de-papagaio

Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio
Parte tóxica: todas as partes da planta
Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação. Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos. Contato ocular: conjuntivite e lesões de córnea.

14. Avelós

Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião
Parte tóxica: todas as partes da planta
Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação. Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos. Contato ocular: conjuntivite e lesões de córnea.

15. Saia-branca

Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Início rápido: náuseas e vômitos. Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.

16. Saia roxa

Nome científico: Datura metel
Parte tóxica: semente
Início rápido: náuseas e vômitos. Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.

17. Estramônio

Nome científico: Datura stramonium L.
Nome popular: Zabumba, Mata zombando, Figueira do inferno
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Início rápido: náuseas e vômitos. Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.

18. Lírio

Nome científico: Melia azedarach L.
Nome popular: lilás ou lírio da índia, cinamomo, lírio ou lilás da china, lírio ou lilás do japão, jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa
Parte tóxica: frutos e chá das folhas
Início rápido: náuseas e vômitos. Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.

19. Chapéu-de-napoleão

Nome científico: Thevetia peruviana Schum.
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Ingestão: dor/ queimação, sialorreia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia. Manifestações neurológicas com cefaleia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais. Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão. Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.

20. Oficial de sala

Nome Cientifico: Asclepias curassavica L.
Nome Popular: Paina-de-sapo, oficial-de-sala, cega-olhos, erva-de-paina, margaridinha, imbira-de-sapo, erva de rato falsa
Parte tóxica: todas as partes da planta
Ingestão: dor/ queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia. Manifestações neurológicas com cefaleia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais. Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão. Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.

21. Espirradeira

Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Parte tóxica: todas as partes da plantaIngestão: dor/ queimação, sialorreia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia. Manifestações neurológicas com cefaléia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais. Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão. Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.

22. Dedaleira

Nome científico: Digitalis purpúrea L.
Nome popular: Dedaleira, digital
Parte tóxica: folha e flor
Ingestão: dor/ queimação, sialorréia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia. Manifestações neurológicas com cefaleia, tonturas, confusão mental e distúrbios visuais. Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão. Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.

23. Coração de Negro ou Pessegueiro Bravo

Nome científico: Prunus sphaerocarpa SW
Nome popular: pessegueiro bravo, marmeleiro bravo.
Partes tóxicas: frutas e sementes
Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas. Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor, convulsões e coma. Distúrbios respiratórios: dispneia, apneia, secreções, cianose, distúrbios cárdiocirculatórios. Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.

24. Giesta

Nome científico: Cytisus Scoparius
Parte tóxica: folha, caule e flor
Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarreia. Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental.

25. Esporinha

Nome científico: Delphinium spp
Parte tóxica: semente
Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarreia. Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental.

26. Flor das almas

Nome científico: Senecio spp.
Nome popular: maria-mole, tasneirinha, flor das almas
Predominam sintomas gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais e diarreia. Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e discreta confusão mental.

27. Urtiga

Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção
Parte tóxica: pelos do caule e folhas
Sintomas: contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.

28. Aroeira

Nome científico: Lithraea brasiliens March.
Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira-brava
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.

Fontes:
http://www.ecodebate.com.br/2014/03/25/voce-sabia-que-ha-varias-plantas-que-podem-estar-em-sua-casa-e-sao-muito-venenosas/
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/plantas/Intoxicacoes_por_Plantas_Toxicas.pdf