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Emissões de gases de efeito estufa caem 23% em BH durante a pandemia

Emissões de gases de efeito estufa caem 23% em BH durante a pandemia
Belo Horizonte vista de cima. /Crédito: Pedro Veneroso [CC BY-NC 2.0]

A redução do tráfego de veículos e suspenção das atividades não essenciais, em função da pandemia, resultou em queda na emissão de poluentes na capital mineira, mostrou um levantamento da Prefeitura de Belo Horizonte. Na comparação com 2019, as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), responsáveis pelo aquecimento global, caíram 23%.

De acordo com o levantamento, as emissões totais de GEEs em 2020 sofreram queda ainda maior no setor de transportes: 29%. O segmento abrange as modalidades terrestre, ferroviária, hidroviária e de aviação. Já o setor de resíduos – que inclui disposição de materiais sólidos, trabalhos biológicos, incineração e outros – registrou recuo de 21% na emissão de gases de efeito estufa no ano passado.

O setor de fontes estacionárias de energia, que inclui consumo de energia elétrica e queima de combustíveis em residências, indústria, comércio e serviços, apresentou redução de 10% em comparação a 2019.

O objetivo da prefeitura é reduzir 40% das emissões de GEEs até 2040. Para isso, o executivo municipal pretende continuar os investimentos em projetos de reflorestamento de áreas degradadas, investimento em eficiência energética, aproveitamento de resíduos sólidos e incentivo ao uso de energia renovável e à conservação de áreas naturais.

Belo Horizonte foi a primeira capital do país a apresentar estudo de emissões de GEEs levando em conta os efeitos da pandemia da Covid-19, informou a PBH. Os dados fazem parte do Inventário Municipal de Emissões de GEE, que está em sua quinta edição. O levantamento calcula emissões e remoções de gases poluentes resultantes da ação humana para medir a pegada de carbono do município.

“É a partir deste diagnóstico que vamos continuar executando políticas públicas que possam reduzir nossas emissões e, ao mesmo tempo, alinhar desenvolvimento econômico com preservação do meio ambiente. Com a pandemia, outro desafio é a conexão entre políticas públicas sanitárias e ambientais, pois a crise mostrou que saúde e meio ambiente são indissociáveis”, afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.