Array
Notícias

Diabos-da-tasmânia nascem após 3 mil anos de extinção na natureza

Array
Diabos-da-tasmânia nascem após 3 mil anos de extinção na natureza
Diabos-da-tasmânia são importantes para manter os ambientes naturais saudáveis e controlar patógenos. Crédito: Aussie Ark

Os diabos-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii) não eram vistos há 3 mil anos nas florestas da Austrália continental, até que um grupo de 26 diabinhos foi solto no Parque Nacional Barrington Tops, ao norte de Sydney, em 2020. Menos de um ano após a reintrodução, os marsupiais já estão se reproduzindo naturalmente, informaram conservacionistas nesta terça-feira (25).

Sete filhotes já foram identificados, informou a Aussie Ark, organização que conduz a reintrodução da espécie junto da Global Wildlife Conservation e Wild Ark. Eles puderam constatar os nascimentos, após verem as bolsas (marsúpios) das fêmeas com crias em perfeito estado de saúde.

“Estivemos observando-os de longe até que chegou a hora de intervir e confirmar o nascimento de nossos primeiros diabos-da-tasmânia”, comemorou a Aussie Ark. A organização trabalhou intensamente nos últimos 10 anos para devolver os marsupiais às florestas da Austrália continental, com a esperança de que eles estabeleçam uma população viável.

Os nascimentos significam esperança para o futuro da espécie. No ano passado, foi realizada a primeira das três solturas que estão previstas para acontecer no Parque Nacional Barrington Tops. Os animais soltos são monitorados por meio de pesquisas regulares, coleiras de rádio ajustadas com transmissores e armadilhas fotográficas.

Histórico

Não se sabe ao certo quando a espécie icônica desapareceu da natureza, mas cientistas acreditam que tenha sido entre 500 e 5.000 anos atrás. Mudanças climáticas, caça e introdução do dingo, um cão selvagem, são as causas mais prováveis de sua extinção.

Os diabos-da-tasmânia são os maiores marsupiais carnívoros do mundo. Eles esbanjam ferocidade, sendo capazes de devorar grandes carcaças de animais em poucos minutos. Pelo fato de serem necrófagos, isto é, se alimentam de restos orgânicos, são importantes para manter os ambientes naturais saudáveis e controlar patógenos.