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Bancos deixam de financiar empresas ligadas à destruição ambiental

Bancos deixam de financiar empresas ligadas à destruição ambiental
A degradação do meio ambiente traz impactos negativos para a economia brasileira. [CC BY-NC-SA]

Entidades financeiras estão restringindo o financiamento a empresas ligadas ao desmatamento e à degradação ambiental. No Brasil, os bancos: Bradesco, Itaú e Santander já anunciaram que pretendem contribuir com a preservação da Amazônia, criando um modelo que permita rastrear as cadeias produtivas das empresas, para não financiarem mais a destruição dos biomas brasileiros.

A reação é semelhante em outros países do mundo. Em fevereiro, o maior banco da França, o BNP Paribas, informou que não financiará mais empresas desmatadoras, produtoras ou compradoras de carne bovina e soja produzidas em áreas desmatadas na Amazônia. Os subsídios serão repassados somente às empresas que adotarem estratégias de desmatamento zero até 2025. O banco também incentivará seus clientes a fazerem o mesmo.

Também no mês passado, outra entidade financeira, o banco Santander, se comprometeu a deixar “de oferecer serviços financeiros a clientes de geração de energia elétrica cuja renda dependa em mais de 10% do carvão térmico”, a partir de 2030. A medida foi adotada para promover a descarbonização da economia mundial.

O banco prevê, ainda, zerar as emissões líquidas até 2050, para apoiar as metas do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. Desde o ano passado, o grupo propõe alcançar a neutralidade de carbono em suas ações internas e em “todas as emissões de seus clientes derivadas de qualquer um dos serviços de financiamento, assessoria ou investimento oferecidos”.

De acordo com o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, “a dimensão do desafio impõe uma atuação firme e veloz a todos os atores que puderem participar da construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, que inclua as necessidades da população e a preservação dos nossos recursos naturais”.

No ano passado, Bradesco, Itaú e Santander formaram o Conselho Consultivo da Amazônia, com o objetivo de apoiar a implementação de 10 medidas para alavancar o desenvolvimento sustentável na região. Entre as ações estão o estímulo às cadeias sustentáveis, desenvolvimento da bioeconomia e investimento em infraestrutura sustentável.