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Centenas de animais morrem em centro de tratamento do Ibama no Rio

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Centenas de animais morrem em centro de tratamento do Ibama no Rio
Crédito: Arquivo Pessoal

Mais de 600 animais silvestres morreram nos últimos quatro meses em um dos maiores Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Brasil, localizado na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Sem tratadores suficientes, os animais estavam passando fome e vivendo em meio à sujeira. O caso veio a público após reportagem exibida pela TV Globo, gerando indignação e protestos.

O local, que deveria ser um ambiente de tratamento e reabilitação para animais resgatados do tráfico e situações de maus tratos, tornou-se um pesadelo para os bichos. A empresa terceirizada que cuidava do espaço deixou de prestar o serviço no ano passado, restando apenas quatro funcionários para cuidar de aproximadamente 1.200 animais.

Os funcionários informaram que após a saída da empresa, os animais ficaram sem tratadores durante 50 dias. Uma contratação de emergência foi feita pela Ibama para suprir o desfalque de pessoal, mas o serviço foi interrompido em janeiro deste ano. Desde então, as aves, primatas, répteis e outros bichos sofrem com a falta de cuidados.

Providências

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar o caso e o Ministério Público Federal (MPF) notificou o superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, o contra-almirante da Marinha, Alexandre Dias da Cruz. Sob pressão, ele assinou a contratação de empresa terceirizada para restabelecer o serviço no Cetas.

Cerca de 10 funcionários da Cemax Administração e Serviços trabalharão no centro, em turnos diurnos e noturnos, pelos próximos 12 meses. Os profissionais ficarão responsáveis pela alimentação dos animais e limpeza das jaulas e espaços de cativeiro.