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G20: questões ambientais estão entre “os desafios mais urgentes” da atualidade

G20: questões ambientais estão entre “os desafios mais urgentes” da atualidade

A retomada econômica verde pós-pandemia foi um dos assuntos pautados pelas maiores economias do mundo durante a cúpula virtual dos líderes do G20, realizada no último fim de semana. Em evento paralelo, realizado no domingo (22), os líderes dos países traçaram metas climáticas e discutiram a economia circular do carbono (CCE, na sigla em inglês).

O grupo é responsável por 80% das emissões globais de gases de efeito estufa, cerca de 75% de todo o comércio global e 80% da produção econômica do mundo. Em nota, os líderes reforçaram que as questões ambientais estão entre “os desafios mais urgentes” da atualidade.

Um dos eixos definidos pelo grupo é o amplo acesso da população à energia, que seja segura, eficiente, estável e ambientalmente correta. “Nós reafirmamos o nosso compromisso conjunto na racionalização e desativação, a médio prazo, de subsídios a combustíveis fósseis e ineficientes que encorajem um consumo gerador de resíduos”, indicou texto.

O posicionamento do G20 reflete a necessidade de colocar a agenda ambiental como prioridade, planejando ações para conter as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. Diversos países já anunciaram metas ambiciosas, como a Arábia Saudita, que se comprometeu a gerar metade da energia a partir das fontes eólica e solar até 2030.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que o Japão pretende zerar as emissões de carbono até 2050. O objetivo é utilizar energias renováveis e nucleares, reduzindo o uso do carvão. O país é, hoje, o 5º maior emissor de CO2 do mundo, ficando atrás apenas da Rússia (4º), Índia (3º), Estados Unidos (2º) e China (1º).

Já a Austrália, representada pelo primeiro-ministro, Scott Morrison, informou que baniu a exportação de lixo plástico, enquanto a índia saiu na frente no combate às mudanças climáticas, superando a meta definida pelo Acordo de Paris. Por sua vez, Donald Trump afirmou que o Acordo de Paris não atende às necessidades dos Estados Unidos, embora o país seja o que mais investe no setor.

O evento paralelo à cúpula, com o tema “Protegendo o planeta”, não contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro. No encontro anterior, Bolsonaro voltou a dizer que sofre “ataques injustificados” de “nações menos competitivas e menos sustentáveis”.

A despeito da crescente destruição na Amazônia e recorde de queimadas no Pantanal neste ano, Bolsonaro disse que continuará protegendo os biomas brasileiros. “O hino nacional de meu país diz que o Brasil é gigante pela própria natureza. Estejam certos de que nada mudará isso”, afirmou.