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Duas das últimas três girafas brancas do mundo são mortas por caçadores

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Duas das últimas três girafas brancas do mundo são mortas por caçadores
Girafa branca e seu filhote. Crédito: AFP/Getty Images

Uma girafa branca adulta e seu filhote foram mortos por caçadores no noroeste do Quênia, em uma unidade de conservação onde viviam. Com o assassinato, sobrou apenas um exemplar da girafa no mundo, cuja coloração é extremamente rara.

O mundo conheceu as girafas brancas em 2017, após serem fotografadas no país africano. Logo depois elas foram encaminhadas à reserva Ishaqbini Hirola, no no condado de Garissa (Quênia), onde viraram atração turística.

Os corpos foram encontrados pelos guardas florestais da reserva, que ainda não identificaram os responsáveis pelo crime. Pelo estado das carcaças, ambientalistas acreditam que elas foram mortas há aproximadamente quatro meses.

“Seu assassinato é um golpe para os importantes passos dados pela comunidade para preservar espécies raras e únicas e um alerta para o apoio contínuo aos esforços de preservação”, declarou o chefe da reserva queniana, Mohammed Ahmednoor.

A coloração branca das girafas se deve a uma particularidade genética conhecida como leucismo, na qual a pigmentação de parte da pele é inibida. Diferentemente do albinismo, que significa ausência completa de melanina, no leucismo os animais podem ter partes coloridas e os olhos apresentam coloração normal.

De acordo com a Giraffe Conservation Foundation, a população mundial de girafas perdeu mais da metade de seus indivíduos nas últimas três décadas. Hoje, a estimativa é de 111 mil animais, distribuídos ao longo do continente africano.

Assim como o filhote que morreu, mais da metade dos jovens não passam do primeiro ano de vida, indicou a instituição conservacionista. As maiores ameaças à espécie são a caça furtiva e a destruição de seus ambientais naturais, que restringe as girafas a fragmentos cada vez menores.