Array
Notícias

Ilha de Komodo será fechada para turistas por roubos de dragões

Array
Ilha de Komodo será fechada para turistas por roubos de dragões
Crédito: Richard Wasserman/Flickr

A Ilha de Komodo, na Indonésia, conhecida pelas paisagens exuberantes e por ser o lar dos dragões-de-komodo (Varanus komodoensis), será fechada para turistas a partir de janeiro de 2020. A decisão ocorre pelo frequente roubo de animais na região, que vem dizimando a espécie.

O encerramento das visitas foi anunciado em abril, junto à prisão de noves homens suspeitos de integrarem uma rede de contrabando de espécies protegidas e ameaçadas de extinção. Autoridades locais acreditam que eles tenham vendido mais de 40 dragões por aproximadamente 35 mil dólares cada – cerca de R$ 135 mil.

Os dragões são utilizados como cobaias para estudos controversos, que produzem antibióticos e outros medicamentos cuja eficácia não é comprovada cientificamente. Países asiáticos são apontados como os grandes financiadores dessas pesquisas.

A princípio a proibição – que pode durar até um ano – valerá apenas para Ilha de Komodo, deixando o restante do parque nacional homônimo e as ilhas vizinhas, que também abrigam o réptil, abertas para visitação.

A espécie

Atualmente, o dragão-de-komodo é classificado como “vulnerável” pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). De acordo com a Animal Diversity Web, instituição vinculada ao Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, esses répteis são encontrados apenas na região de Sunda, no arquipélago indonésio. Restam cerca de 6.000 indivíduos na natureza e apenas 350 são fêmeas reprodutoras, conforme reportagem do portal O Eco.

Ele é o maior lagarto existente, atingindo 165 kg e até três metros de comprimento. Altamente venenoso, o dragão-de-komodo possui mais de 50 cepas de bactérias diferentes em sua saliva, fazendo com que apenas uma mordida do animal seja letal às suas presas. O fato de ser imune às toxinas bacterianas motiva estudos sobre seu sangue e sistema imunológico.