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Mosaico de áreas protegidas deve ser instituído no Quadrilátero Ferrífero

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Mosaico de áreas protegidas deve ser instituído no Quadrilátero Ferrífero
O Parque Estadual da Serra do Rola Moça está entre os escolhidos para compor o novo mosaico

Lar de uma das maiores jazidas de ferro do Brasil, a região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, poderá ser contemplada com um mosaico de mais de 30 áreas protegidas federais, estaduais, municipais e particulares. O agrupamento das unidades de conservação era o que faltava para integrar os 3,7 milhões de hectares da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE).

Situada entre os municípios de Ouro Branco (Região Central) e Diamantina (Vale do Jequitinhonha), a região recebeu o título do Reserva da Biosfera em 2005 pela Unesco devido ao seu rico patrimônio natural e histórico. Trata-se de uma área com alto grau de endemismos e lar de três das mais importantes bacias hidrográficas do país: rio Doce, Jequitinhonha e São Francisco.

A integração das unidades presentes na RBSE começou em 2010 com a criação do mosaico do Alto Jequitinhonha à Serra do Cabral, e continuou com a união das reservas da Serra do Cipó, oficializada em setembro deste ano. O próximo passo é reconhecer o mosaico do Quadrilátero Ferrífero para ampliar as estratégias de conservação.

Algumas das unidades que serão integradas com o mosaico são: Parque Nossa Senhora da Piedade e Serra do Curral; Parque Estadual da Serra do Rola Moça e Itacolomi; e Parque Nacional da Serra do Gandarela.

Dentre os objetivos da junção de unidades próximas ou que dividem o mesmo território está a promoção de uma gestão integrada e participativa, considerando a conectividade dos ecossistemas presentes em cada uma das áreas.

De acordo com o professor do departamento de biologia da PUC-Minas e coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera, Miguel Ângelo Andrade, a gestão conjunta, em um conselho, permite o planejamento de ações, como a prevenção de incêndios florestais e implementação de corredores ecológicos.

“Por exemplo: uma onça que sai da área natural em que habita e encontra uma zona urbana, não consegue mais sair. Pelo corredor natural, ela pode encontrar outras populações e aumentar a viabilidade genética da espécie. Um dos fatores que atualmente mais levam à extinção é a fragmentação dos habitats”, destacou o professor.

Com informações do jornal Estado de Minas

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