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Superintendente do Ibama de Sergipe é acusado de crime ambiental

Superintendente do Ibama de Sergipe é acusado de crime ambiental
Carlos Tadeu da Silva

O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Sergipe, Carlos Tadeu da Silva Rosa, continua na superintendência do órgão mesmo após ser autuado pelo desmatamento de 101,09 hectares de Caatinga em sua fazenda, em novembro de 2017. No mesmo mês, Carlos foi multado pelo próprio órgão do qual é responsável após impedir a saída de carros para uma ação de fiscalização.

O desmate foi identificado por técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema) durante uma fiscalização no município de Itapicuru, na Bahia. De acordo com o laudo, a equipe encontrou a vegetação retirada amontoada, pronta para ser queimada.

Carlos alegou que quando comprou a fazenda a área já havia sido desmatada e o antigo proprietário assegurou a legalidade da documentação. Contudo, a lenha pronta para queima, indicada no relatório do Inema, derruba a tese de que o desmatamento é antigo. Além disso, o fato de haver plantação de eucalipto no local é um indício de beneficiamento do desmatamento para fins econômicos.

Foram lavrados autos de infração estipulando multa de R$102.000,00 por desmatar sem autorização, R$20.218,00 por destruição de habitat e abrigos de fauna e R$19.000,00 por utilizar fogo para limpeza de área sem a autorização do órgão ambiental.

À época, Carlos chegou a ser exonerado do cargo, mas logo depois foi divulgada a revogação de seu desligamento. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a exoneração ocorreu devido a um erro administrativo.