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Descarte incorreto de lixo eletrônico causa danos graves

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Descarte incorreto de lixo eletrônico causa danos graves
Crédito: Thinkstock

Os aparelhos eletrônicos, que se fizeram cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, levaram o Brasil à conquista de um título nada glorioso, que é o de maior produtor de lixo eletrônico da América Latina, segundo um estudo realizado pela Associação de Empresas da Indústria Móvel e pela Universidade das Nações Unidas.

Problema gerado por este fato é que o descarte destes objetos está sendo realizado sem nenhuma preocupação a respeito do seu destino. A situação é preocupante quando se pensa nas consequências desse cenário para o meio ambiente.

Conforme destaca Luciano Emerich, professor de Engenharia Química do Centro Universitário Newton Paiva, a composição de um computador conta com metais tóxicos como o chumbo, o mercúrio e o cádmio. Quando descartados de maneira incorreta, eles provocam uma reação em cadeia, que pode prejudicar diferentes tipos de seres vivos.

“Se você joga um objeto como esse próximo a um rio, por exemplo, os elementos que os compõem vão, aos poucos, se oxidando e sendo absorvidos. Eles podem entrar em contato com os peixes, que são consumidos por vários seres humanos. Situação semelhante acontece quando se realiza o descarte em locais próximos às plantas”, salienta ele.

O engenheiro sanitarista e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Puc Minas), Hiram Sartori, lembra que não é incomum que muitos indivíduos coloquem fogo nesses objetos, seja para tentar separar determinados metais ou mesmo para dar algum fim a eles. E é aí que acontecem mais problemas, uma vez que as pessoas passam a respirar o resultado dessa queima.

“Além da degradação direta do meio ambiente, existe, ainda, a questão do desperdício. Cada vez que uma pessoa se desfaz, de forma incorreta, de materiais como esses, que muitas vezes são caros, eles saem da cadeia produtiva. O que pode acabar acontecendo em longo prazo é até mesmo a extinção desses itens. Os danos são inúmeros”, pontua Sartori.