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Grande Barreira de Corais corre sério perigo

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Grande Barreira de Corais corre sério perigo

O aquecimento desenfreado das águas do oceano ameaça cada vez mais a Grande Barreira de Corais da Austrália. O processo de branqueamento dos corais é mais grave que o previsto inicialmente e o dano continuará aumentando, segundo especialistas, a menos que haja redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

O branqueamento é um fenômeno de fragilização que é traduzido por uma descoloração, provocada pelo aumento da temperatura da água. Isto provoca a expulsão das algas simbióticas que dão cor e nutrientes ao coral. Os recifes podem se recuperar se a água voltar a resfriar, mas também podem morrer se o fenômeno persistir.

Os 2.300 quilômetros da barreira natural, que desde 1981 está na lista de patrimônio mundial da Unesco, sofreu no ano passado o processo de branqueamento mais grave registrado até hoje por causa do aquecimento das águas dos oceanos entre março e abril. A observação aérea e submarina mostrou que 22% dos corais foram destruídos em 2016, mas agora a proporção chega a 29%. Como este é o segundo ano consecutivo de branqueamento, a perspectiva é muito negativa.

No mês passado, mais de 70 especialistas se reuniram para desenvolver uma estratégia para salvar os corais. Entre as opções mencionadas está o desenvolvimento de “enfermeiras” do coral, a luta contra a proliferação de coroas de espinhos – uma espécie de estrela do mar predadora de coral – e a expansão de sistemas de monitoração do branqueamento. Os participantes expressaram preocupação com a necessidade de uma ação global para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que provoca a mudança climática.

A Austrália afirma que nunca fez tantos esforços para proteger a barreira, comprometendo-se a dedicar mais de 2 bilhões de dólares australianos (1,4 bilhão de euros) a este problema em 10 anos.

A barreira e seus 345.000 quilômetros quadrados escaparam, por pouco, de entrar na lista do Patrimônio Mundial em Perigo da Unesco em 2015.

Com informações da Agence France-Presse