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Groenlândia perdeu 1 trilhão de toneladas de gelo em quatro anos

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Groenlândia perdeu 1 trilhão de toneladas de gelo em quatro anos
Entre 2011 e 2014

Entre 2011 e 2014, a Groelândia perdeu 1 trilhão de toneladas de gelo, sendo que uma parte considerável aconteceu em apenas cinco glaciares. O alarme foi dado por pesquisadores de universidades britânicas e alemãs, em estudo publicada em julho na revista “Geophysical Research Letters”.

Estudos anteriores sugerem que a maior ilha do mundo perdeu ao menos 9 trilhões de toneladas de gelo no século passado, mas a velocidade do degelo vem aumentando nos últimos anos. A região é considerada chave para os pesquisadores climáticos por seu potencial de contribuição para a elevação dos níveis do mar, calculado em aproximadamente seis metros, caso todo o gelo derreta. Desde 1990, a ilha contribuiu com 10% de todo o aumento dos níveis do mar.

A nova pesquisa mostra informações detalhadas da superfície da Groenlândia captados pelo satélite CryoSat-2 entre 2011 e 2014. Basicamente, o equipamento utiliza um altímetro, capaz de medir como a altitude da superfície da região aumenta e diminui de acordo com o ganho e perda de gelo.

Outros fatores também são considerados, como a diferença entre as densidades da neve e do gelo, entre outras variáveis, que foram configuradas de acordo com modelos climáticos regionais e modelos sobre a cobertura de gelo. Dessa forma, os pesquisadores descobriram que a camada de gelo da Groenlândia perdeu massa na taxa média de 269 bilhões de toneladas entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014. No total, a perda é de aproximadamente 1 trilhão de toneladas de gelo ao longo de quatro anos.

Segundo o estudo, o pior ano foi 2012, quando a perda superou as 400 bilhões de toneladas. No ano seguinte, os números foram menores, de pouco mais de 100 bilhões de toneladas. A maior parte do degelo aconteceu na região Sul da ilha, mas parte considerável ocorreu na região Norte, mais fria.

Outro dado que chama atenção é de que 12% do total vem de apenas cinco glaciares, que cobrem menos de 1% de toda a camada de gelo. Esses glaciares avançam sobre o mar, o que indica que o degelo está sendo acelerado pela combinação do aumento das temperaturas do ar e do oceano.

Com informações do O Globo