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Hugo Boss anuncia que não usará mais peles de animais em suas coleções

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Hugo Boss anuncia que não usará mais peles de animais em suas coleções
Crédito: Anda

Chinchilas, coelhos, raposas, visons, texugos, focas, coiotes e esquilos são alguns dos animais vítimas da indústria da moda, uma tendência que, infelizmente, ainda é comum. Na contramão desse movimento, o designer Hugo Boss anunciou que deixará de usar peles animais em suas coleções, a começar pela temporada de outono/inverno de 2016.

A decisão da marca resultou de uma pesquisa realizada entre seus clientes, que demonstrou a preocupação dos consumidores com a sustentabilidade, especificamente no que diz respeitos aos animais. Segundo Bernd Keller, um dos diretores da marca, os consumidores de hoje em dia são de uma geração que está reavaliando seus valores éticos e fundamentais. “Queremos incluir essa geração na clientela de Hugo Boss. Com nossos produtos, demonstramos que é possível ser diferenciado e luxuoso, levando em conta questões éticas e ambientais”, aponta relatório de sustentabilidade divulgado pela grife.

Para Claire Bass, diretora executiva da organização Humane Society do Reino Unido, “o compromisso da grife é uma mensagem poderosa para outras marcas de luxo, de que a crueldade contra animais nunca é elegante”. A Humane Society é parte da entidade Fur Free Alliance, que se reuniu com Hugo Boss para discutir sua política de uso de peles.

“Hugo Boss assumiu uma liderança no mundo da moda, ao se posicionar contra a crueldade e eliminar o uso de peles em suas coleções”, afirmou o presidente da Fur Free Alliance, Joh Vinding. A instituição espera que outras marcas de luxo sigam o exemplo de Hugo Boss, já que existem tantas alternativas livres de crueldade, que são igualmente bonitas.

Conforme informações da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), a marca se junta a nomes como Zara, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Stella McCartney e ASOS, que já aderiram totalmente às peles sintéticas, contribuindo para que os animais não sejam mais torturados e mortos em nome da moda.

São Paulo

No dia 25 de junho, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad sancionou a Lei 16.222/2015, que proíbe a comercialização de artigos com pele de animais criados exclusivamente para extração do couro. Isso significa que casacos feitos com pele de chinchila ou de vison não poderão mais ser vendidos nos shoppings ou em qualquer outro local da cidade. A partir do dia 10 de agosto de 2015 o estabelecimento que continuar o comércio de artigos com peles de animais estará sujeito à multa de R$ 5.000,00.