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Amda já havia denunciado mineradoras do Centro-Oeste

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A operação dessa segunda-feira (14/03) que fechou sete mineradoras ilegais – todas atuavam na extração de calcário em Pains, no Centro-Oeste do Estado – , não foi surpresa para a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda). Segundo a Superintendente executiva da Amda, Maria Dalce Ricas, a instituição já havia denunciado as irregularidades que vinham acontecendo naquela região.


"Há anos estamos solicitando providências junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), tendo encaminhado inclusive foto de menores trabalhando e pilhas de lenha nativa para queima nos fornos de secagem de calcáreo", revela Dalce.


Para ela, a ação que está sendo realizada é positiva, mas insuficiente. "Enquanto não houver uma política definida em relação à mineração na região, o patrimônio calcáreo continuará sendo destruído. E este papel é do poder executivo e não do Ministério Público. Alguém compra o calcáreo produzido a qualquer preço, e isto deveria ser investigado e paralisado. E se há problemas sociais, outras secretarias deverão atuar, pois esta parte não é competência institucional da Semad. Mas isto não acontece. A secretaria da fazenda por exemplo, atua mesmo é quando percebe que está havendo muita sonegação de impostos".


Entre as irregularidades, estavam a falta de licenciamento ambiental e de plano de lavra, questões trabalhistas, uso inadequado de explosivos e outros. Cinco proprietários ou sócios de mineradoras foram presos e levados para a sede da Polícia Federal, em Divinópolis.