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Espécie da vez

Sapo-cururu atua no controle de pragas agrícolas

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Sapo-cururu atua no controle de pragas agrícolas
Sapo-cururu macho / Crédito: Caio Bagnolo/ Flickr

Nativo da América do Sul, o sapo-cururu ou sapo-boi (Rhinella ictérica) é um dos anuros mais populares do Brasil. Devido à capacidade de adaptação aos mais diversos ambientes, o anfíbio pode habitar desde florestas fechadas até campos naturais abertos, como os encontrados no Cerrado. Além do país, ele ocorre no Paraguai e Argentina.

Com forte dimorfismo sexual (diferença entre os sexos), macho e fêmea se diferem pela cor e tamanho. Enquanto elas são marrons e atingem cerca de 15 centímetros de comprimento, eles possuem em média 13 cm e apresentam coloração amarelada. Ambos possuem membros curtos e pele áspera, bastante rugosa.

Venenoso, o animal é capaz de expelir substâncias tóxicas em situações de estresse ou quando é apertado, geralmente em eventos de predação. O veneno, armazenado em duas glândulas atrás dos olhos, pode causar desde intoxicações até alterações nos sistemas nervoso e cardiovascular de mamíferos.

Marca registrada das regiões sudeste e sul do Brasil, o anfíbio é bem visto em plantações e cultivos, porque ajuda no controle de pragas agrícolas. Assim como outras rãs e pererecas da ordem Anura, o cururu é um predador oportunista: se alimenta conforme a disponibilidade do ambiente, ingerindo praticamente todas as presas que consegue capturar e engolir. Por ser um sapo de grande porte, pode se alimentar de insetos, lesmas, aranhas e até pequenos ratos.

O animal utiliza duas estratégias de caça: o forrageamento ativo e o de espreita. A primeira consiste em procurar pelo alimento no ambiente. A outra exige que o animal fique camuflado, esperando que alguma presa se aproxime para dar o bote.

A espécie é ovípara, assim como outros anfíbios, peixes e répteis. A desova ocorre tanto em lagoas temporárias, quanto permanentes. Os ovos ficam encobertos pela vegetação aquática e protegidos por uma espécie de cordão de gel.