Projetos

Projeto de Proteção e Recuperação de Ambientes Ribeirinhos do Alto São Francisco

Projeto de Proteção e Recuperação de Ambientes Ribeirinhos do Alto São Francisco

Iniciado em 1991, através de parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Associação Ambientalistas do Alto São Francisco (ASF), o projeto envolveu ainda as empresas Companhia Mineira de Metais (metalurgia, produção de chapas de zinco), Usina Luciânia (produção de açúcar e álcool) e Cia. Belgo Mineira (siderurgia); e as prefeituras municipais de Iguatama, Arcos, Bambuí e Lagoa da Prata. Em sua primeira fase, o projeto envolveu ações de convencimento de proprietários rurais para recuperação de matas ciliares no rio São Francisco e em alguns afluentes, localizados nesses quatro municípios.

No primeiro momento, o projeto contou com doações das três empresas participantes de materiais necessários aos trabalhos de recuperação das faixas ribeirinhas, em especial, de mourões de cerca e arame farpado. Para os trabalhos de convencimento foi editado, em parceria com o IEF, um vídeo documentário, chamado Opará – o Grito de um Rio, o qual mostrou aspectos importantes do Velho Chico, em especial, o funcionamento dos ambientes naturais ao longo de seu curso.

Em 1995, dando continuidade às ações do projeto, o Ministério do Meio Ambiente aprovou uma nova etapa dos trabalhos, envolvendo recursos da ordem de R$ 727 milhões, sendo R$ 427 milhões provenientes do próprio MMA e o restante originado das demais instituições participantes: prefeitura de Lagoa da Prata (titular dessa fase dos trabalhos), prefeitura de Arcos, IEF, Amda e ASF). Com esses recursos foi possível adquirir trator agrícola e equipamentos complementares (trado, terraceador), mourões de eucalipto, arame farpado etc.

Nessa fase, os trabalhos envolveram a recuperação da vegetação nativa em uma faixa de 30 mil metros lineares ao longo de cursos d’água da região, com largura média de 40 metros, somando aproximadamente 120 hectares de áreas recuperadas. Os trabalhos envolveram ainda o plantio de florestas de produção em área de 100 hectares e o manejo conservacionista do solo, com ações de terraceamento em 700 hectares. Nessas atividades, foram envolvidos aproximadamente 50 proprietários rurais.

Em 1997, a Amda, no âmbito desse projeto, idealizou e integrou a equipe de coordenação e execução do “Evento Guiness”, que consistiu no plantio, entre 24 e 28 de outubro de 1997, de 116.175 mudas florestais de essências nativas. A atividade deu-se em áreas ribeirinhas do município de Lagoa da Prata, estabelecendo novo recorde mundial na modalidade de plantios comunitários, conforme certificado atribuído pelo The Guiness Book, O Livro do Recordes.